Ataques entre Israel e Irã fazem petróleo disparar mais de 7%
Temor de guerra afeta mercado global; ações caem e investidores buscam ativos seguros
Os preços do petróleo dispararam nesta sexta-feira (13), após o ataque de Israel ao Irã aumentar os temores de instabilidade no Oriente Médio, uma das regiões mais importantes para o fornecimento global de energia. O barril tipo Brent subia 7,92% e o WTI 8,66%, atingindo os maiores valores desde janeiro.
Esse é o maior salto nos preços desde 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia abalou o mercado de energia. O movimento acontece em meio à operação militar israelense Lion Rising, que atacou alvos estratégicos no Irã, provocando promessas de retaliação por parte de Teerã.
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Apesar de o Irã ter afirmado que suas refinarias e estoques de petróleo seguem intactos, o temor de que o conflito afete o Estreito de Ormuz — rota por onde passa cerca de 20% do petróleo mundial — deixou o mercado em alerta.
A Agência Internacional de Energia (AIEA) disse que monitora os efeitos da crise nos mercados e citou o uso de estoques de emergência, mas foi criticada pela OPEP, que acusou a agência de causar alarme desnecessário.
Analistas apontam que os preços podem chegar a até US$ 130 o barril se houver interrupções no estreito. Por enquanto, porém, não há sinais de bloqueio da região nem de queda na produção iraniana.
O impacto do conflito também abalou outros mercados. Bolsas da Ásia e Europa caíram, e o ouro subiu 1,25%, sendo buscado como proteção em tempos de crise. No Brasil, o dólar abriu em alta, e investidores acompanham com cautela os próximos desdobramentos.
Nos Estados Unidos, ações do setor de energia como Chevron e Exxon dispararam, enquanto os principais índices futuros caíam.
Fonte: Com informações do G1 nacional