Israel e Irã se declaram vencedores e sinalizam fim dos conflitos

Trump critica Israel e Irã após quebra de cessar-fogo

Por Viviane Setragni, 25/06/2025 09:31

Depois de quase duas semanas de confrontos intensos entre Israel e Irã, o cessar-fogo que deveria ter começado nesta terça-feira (24) foi rompido com novos ataques de ambos os lados. A frustração foi tamanha que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usou palavras duras contra os dois governos e ordenou publicamente o fim imediato dos bombardeios.

Foto: Reprodução | Getty Imagens

Irã retaliou ataque israelense com ofensiva militar no último dia 13

Trump havia anunciado, ainda na madrugada, que o cessar-fogo estava em vigor e fez um apelo: “Por favor, não o violem!”. Horas depois, criticou fortemente o governo de Israel por ter lançado os maiores ataques desde o início do conflito: “Não estou feliz com Israel. Esses caras precisam se acalmar, é ridículo”, disse a jornalistas antes de viajar para a cúpula da Otan, na Holanda.

Segundo autoridades israelenses, o país respondeu a novos ataques iranianos com bombardeios sobre um radar perto de Teerã, mas recuou após conversa telefônica entre o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e Trump. O Irã, por sua vez, negou os ataques e declarou que venceu a guerra iniciada por Israel.

Apesar da escalada, Trump afirmou mais tarde, nas redes sociais, que o cessar-fogo voltou a valer e determinou que os pilotos israelenses retornassem às suas bases. “Se fizerem isso, será uma grande violação. Tragam seus pilotos para casa, agora!”, publicou.

De acordo com os últimos dados, o conflito já deixou 606 mortos e mais de 5.300 feridos no Irã, além de 28 mortos e mais de 3 mil feridos em Israel. Em discursos separados, os líderes dos dois países se declararam vitoriosos: Netanyahu afirmou ter neutralizado o programa nuclear iraniano, enquanto o presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, comemorou o que chamou de “grande vitória”.

Fontes do governo dos EUA informaram à imprensa que os ataques americanos no sábado (21) atrasaram apenas por alguns meses a capacidade do Irã de produzir uma bomba nuclear, contradizendo declarações otimistas anteriores de Trump.

Fonte: G1