Piauí registra média de filhos por mulher superior à nacional e do Nordeste

Censo 2022 do IBGE revela que Piauí tem 1,99 filhos por mulher, acima das médias

Por Dominic Ferreira, 29/06/2025 10:00 - Atualizado às 10:54

Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (27/06) mostram que o Piauí possui uma média de 1,99 filhos por mulher, superando as médias nacional e da região Nordeste. Enquanto o índice do Brasil é de aproximadamente 1,61 filhos por mulher e o do Nordeste fica em torno de 1,73, o estado se destaca com uma taxa ainda elevada em comparação a outras partes do país.

Foto: Reprodução | Freepik | Imagem ilustrativa Mulher grávida

Embora a média de fecundidade no Piauí esteja em queda em relação a décadas anteriores, essa taxa ainda é uma das mais altas do Brasil. Em contraste, o Distrito Federal apresenta a menor média nacional, com 1,44 filho por mulher. Os dados refletem uma transição demográfica no Brasil, caracterizada pela redução nas taxas de fecundidade e pelo aumento da idade média das mulheres ao se tornarem mães.

No Piauí, essa transição já é visível: a média de idade das mães aumentou de 25,9 anos em 2010 para 27,4 anos em 2022. Essa mudança sugere uma evolução nas condições sociais e econômicas que afetam as decisões sobre a maternidade.

O levantamento do IBGE também revela que a escolaridade das mulheres está diretamente ligada à idade e ao número de filhos. Mulheres com menor nível de escolaridade tendem a ter filhos mais jovens e em maior quantidade. Em contrapartida, aquelas que possuem ensino superior completo registram uma idade média de 30,4 anos para ter filhos e mostram uma tendência à redução no número de descendentes.

Apesar da alta média de filhos por mulher no Piauí, o estado segue a tendência nacional de queda na taxa de fecundidade nas últimas décadas. Especialistas atribuem essa diminuição a fatores como a ampliação do acesso à educação e ao crescimento da participação feminina no mercado de trabalho, que influenciam as decisões sobre a maternidade e as condições de vida das mulheres.

Fonte: IBGE