Caso Izadora: promotor vai recorrer da decisão que absolveu João Paulo Mourão
Carcará também considerou a pena de Maria Nerci abaixo do esperado
(Atualizada às 12h18)
O Ministério Público do Piauí vai recorrer da decisão que absolveu o acusado João Paulo Mourão, e da pena aplicada à Maria Nerci, mãe da advogada Izadora Mourão. O promotor de Justiça Márcio Carcará, coordenador do Grupo de Apoio aos Promotores de Justiça com Atuação no Tribunal do Júri (Gaej), que atuou no julgamento, considera a decisão, que absolveu João Paulo, contraria à prova dos autos e que a pena de Maria Nerci está abaixo do esperado.
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O promotor de Justiça Márcio Carcará vai recorrer do caso (Foto: reprodução)
“São três qualificadoras e uma agravante, havendo pelo menos três circunstâncias judiciais, previstas no artigo 59, do CP, que não foram desvaloradas adequadamente, o que elevaria o patamar da pena”, explica Márcio Carcará.
Márcio Carcará também argumenta que o pacote anticrime prevê, que em caso de pena superior a 15 anos de prisão, a execução é imediata, não sendo possível a concessão de prisão domiciliar para a ré condenada.
João Paulo e Maria Nerci durante julgamento (Foto: reprodução)
O julgamento de Maria Nerci, mãe da vítima, e João Paulo, irmão da vítima, aconteceu nesta quarta-feira (16), em sessão do Tribunal Popular do Júri no Fórum de Pedro II. Após cerca de 13 horas de julgamento, o juiz condenou Maria Nerci a 19 anos e 6 meses de prisão, por homicídio triplamente qualificado, em regime domiciliar. João Paulo Mourão foi absolvido pelo júri por 4 votos a 3.
Izadora Mourão foi assassinada a golpes de faca em fevereiro de 2021 na casa da família, no município de Pedro II. A mãe e o irmão da vítima foram apontados pelas investigações da Polícia Civil como os autores do homicídio.
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