Aras critica "organizações criminosas" que tentam sabotar PGR

Procurador critica "organizações criminosas" que impetram "representações fantasiosas" só para levar ao gasto de tempo e dinheiro

Por Correio Braziliense,

Federal (MPF) tem sido alvo de sabotagem "por organizações criminosas com centenas de representações fantasiosas". Em uma série de vídeos postados, ontem, no canal que mantém no YouTube, , ele critica, ainda, o "uso político" do sistema de Justiça.

Aras critica "organizações criminosas" que tentam sabotar PGR (crédito: Pedro França/Agência Senado)

Aras avaliou que a cúpula do MPF é "sabotada com centenas de representações" sem fundamentação para investigar autoridades. Para o procurador-geral da República, trata-se de uma "estratégia para impedir" que ele "continue investigando as verdadeiras organizações criminosas" existentes.

A sabotagem a que o PGR se refere seria porque cada representação passa pelas mãos de um servidor para triagem, a fim de fazer uma verificação "da idoneidade, da autoria do conteúdo das provas" e, depois, ser encaminhada a um procurador, e no final, ao PGR. Trata-se, conforme destacou Aras, de um trajeto que mobiliza pessoas e recursos — e uma vez concluído tratar-se de uma representação inócua, representa "perda de tempo e de dinheiro público".

"A par de cumprirmos com o nosso dever constitucional, ainda temos que enfrentar verdadeiras organizações criminosas que sabotam o nosso trabalho com representações fantasiosas, desprovidas de suporte probante, de fundamento legal", lamentou. Aras prossegue a crítica: "Quem faz isso, faz para ocupar a instituição, a máquina administrativa, e impedir que nós continuemos fazendo nosso trabalho de investigação, de acusação, de defesa do patrimônio público, de todos os bens e valores que nos incumbe velar".

Desvio de atenção

O chefe do MPF cita as notícias-crime "baseadas em meras notícias de jornais previamente plantadas e com autores falsos". "Tem um fake pastor Silas Malafaia que fez mais de 200 representações contra ministros do Supremo (Tribunal Federal) e autoridades de vários órgãos e Poderes", aponta.

De acordo com Aras, tais manobras fazem "parte de um uso do sistema de justiça para fins políticos, e está na hora de apurarmos os abusos. Aqui nós procuramos manter um padrão de diálogo permanente com segmentos políticos e sociais relevantes. Procuramos adotar posturas que respeitem a Constituição Federal e as leis porque fora disso nós vamos ter nulidade, romper com o diálogo jurisdicional", ressaltou Aras.

Ele também comparou a gestão dele na PGR com a dos antecessores. Conforme relacionou, teriam sido executadas mais investigações e acusações nos últimos três anos do que nos 10 anos passados. "Produzimos aqui 400 investigações, denúncias, prisões, afastamentos de autoridades e pessoas com prerrogativa de foro no Supremo e no STJ", justificou.

O vídeo que circulou ontem foi tirado de declarações dadas a jornalistas de Minas Gerais, em 19 de agosto, e de veículos estrangeiros, em 11 de julho e 9 de agosto. Não é a primeira vez que o procurador-geral solta trechos de entrevistas para dizer o que pensa. Aras publicou gravações defendendo o processo eleitoral e afirmando que parlamentares usam o sistema de Justiça para fins políticos.

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