Presos suspeitos de fraudar exames da OAB no Piauí, Maranhão e Tocantins
Sete pessoas foram presas em Teresina, Timon e Araguaina(TO), acusados também de falsificação
Foram presos nesta quarta-feira (14), sete pessoas durante a Operação Paralelo II, Executada pelo GAECO do Ministério Público do Maranhão (MP-MA). A operação visou desmantelar um esquema de falsificação de documentos, incluindo carteiras de identidade e exames da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), com operações em três estados: Maranhão, Piauí e Tocantins.
As prisões ocorreram em três cidades: quatro em Timon, duas em Teresina e uma em Araguaína (TO). Entre os presos, está um soldado lotado no 11º Batalhão de Polícia Militar de Timon. No total, foram expedidos dez mandados de prisão e 27 de busca e apreensão.
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A investigação é uma continuação da Operação Paralelo I, realizada em dezembro de 2023, que descobriu um esquema de falsificação de diversos documentos, como RGs, CPFs, CNHs, certidões de cartório, diplomas universitários, boletos de impostos, atestados médicos e exames da OAB. Esses documentos falsificados eram usados para facilitar a prática de outros crimes, como fraudes imobiliárias.
O esquema era comandado por Erlino Mendes de Oliveira, empresário já condenado a 18 anos de prisão por estelionato. Erlino coordenava um “escritório paralelo” que tinha acesso a um cartório em Timon, por meio de um ex-funcionário que falsificava documentos em troca de dinheiro. A documentação era então enviada à Secretaria Municipal de Finanças de Timon (Semuf), onde um servidor também participava do esquema.
Erlino era o responsável por receber solicitações de falsificação e providenciá-las junto ao ex-funcionário do cartório. Durante a Operação Paralelo I, carimbos físicos e assinaturas digitais falsas, vinculadas a diversos órgãos públicos, foram apreendidos em uma imobiliária de sua propriedade. Esses materiais foram fundamentais para a continuidade da investigação, que levou à deflagração da Operação Paralelo II e à prisão do filho de Erlino.
Segundo o promotor de Justiça Francisco Fernando, Erlino era considerado um “freelancer do crime”, confeccionando documentos falsos com tal sofisticação que passavam como autênticos nos cartórios. Algumas negociações fraudulentas realizadas por ele duraram até dez anos, enquanto outras eram mais recentes. A investigação do MP-MA revelou que Erlino chegava a prometer a devolução do dinheiro caso os clientes não estivessem satisfeitos com os documentos falsificados.
O material apreendido pelo Gaeco durante a operação será analisado pela perícia para identificar outros possíveis envolvidos no esquema de fraudes e falsificações, ampliando o alcance das investigações.
Fonte: MP-MA