Pedido de prisão de Lokinho é negado, mas influenciador tem CNH suspensa
Acusado de homicídio com dolo eventual, Lokinho terá que cumprir medidas cautelares. Audiência está marcada para dezembro.
O influenciador Pedro Lopes Lima Neto, conhecido como Lokinho, teve seu pedido de prisão preventiva negado pelo juiz Ronaldo Paiva Nunes Marreiros, da 2ª Vara do Tribunal do Júri de Teresina. A decisão foi divulgada nesta semana, em meio ao processo que apura o acidente na BR-316, ocorrido em 6 de outubro, que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras duas gravemente feridas.
Contexto
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Na data do acidente, a caminhonete de Lokinho, conduzida por seu namorado, Stanlley Gabryell Ferreira de Sousa, atropelou quatro pedestres às margens da rodovia. Stanlley está preso desde o dia do ocorrido, enquanto Lokinho responde em liberdade após ter sua prisão relaxada. Ambos são acusados de homicídio com dolo eventual, que ocorre quando há aceitação do risco de causar morte.
Além disso, Lokinho foi enquadrado no artigo 310 do Código de Trânsito Brasileiro, por permitir que uma pessoa não habilitada dirigisse seu veículo.
O pedido de prisão preventiva de Lokinho foi apresentado pelo promotor Ubiraci Rocha, do Ministério Público, sob a alegação de que sua liberdade representaria risco à ordem pública e comprometeria a imparcialidade do processo, dado que Stanlley permanece preso. Contudo, o juiz Marreiros entendeu que a prisão preventiva não é necessária neste caso.
Segundo o magistrado, apesar da gravidade do crime e da comoção social gerada, Lokinho não se evadiu do local do acidente nem deixou de prestar socorro às vítimas, o que pesa a seu favor. O juiz destacou ainda que a prisão preventiva deve considerar o nível de participação de cada acusado, não sendo obrigatória a aplicação uniforme dessa medida.
Embora tenha negado a prisão, o juiz determinou a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Lokinho como medida cautelar. Além disso, o influenciador deverá comparecer mensalmente à Justiça para justificar suas atividades e está proibido de se ausentar da comarca de Teresina sem autorização judicial.
Por outro lado, o pedido de liberdade provisória de Stanlley foi negado, com o juiz alegando que sua soltura poderia colocar em risco a ordem pública e prejudicar a instrução criminal.
Próximos Passos
A audiência de instrução e julgamento dos acusados foi marcada para o dia 19 de dezembro. O processo buscará esclarecer as circunstâncias do acidente e definir as responsabilidades de cada um no trágico episódio.
Fonte: TJ-PI