Assédio moral: servidores da Agespisa fazem denuncia ao MPT
Foram denunciados o governador, secretário de administração Samuel Pontes e o presidente da Agespisa
Cerca de 400 servidores da Agespisa (Águas e Esgotos do Piauí S/A) assinaram uma denúncia contra o dirigente da Agespisa, Jose Santana, junto ao Ministério Público do Trabalho.

A acusação aponta assédio moral, ameaças de demissão em massa e pressão psicológica para que os empregados adiram a um Plano de Demissão Voluntária (PDV) imposto pelo governo estadual.
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No requerimento coletivo, os funcionários alegam que enfrentam um processo de extinção da Agespisa devido à privatização dos serviços de abastecimento de água no estado.
Segundo o documento, a legislação estadual prevê a realocação dos empregados em outras entidades estatais, como a ENGERPI (Empresa Gestora de Recursos do Piauí), mas essa possibilidade não está sendo oferecida pelo governo.
Os servidores denunciam que, caso não aceitem o PDV, a única alternativa apresentada é a demissão sumária.
O texto ainda destaca que o plano de desligamento não atende às necessidades dos trabalhadores e suas famílias, o que tem levado muitos a quadros de adoecimento psicológico e psiquiátrico. Segundo o relato dos funcionários, há casos de servidores em depressão profunda e até mesmo relatos de pensamentos suicidas.
Além de José Santana foram citados e o secretário de Administração do Estado, Samuel Pontes.
Os funcionários acusam os gestores de conduzirem o processo de forma truculenta, ignorando a legislação vigente e desconsiderando os direitos dos trabalhadores.
A situação se agrava ainda mais para os cerca de 2 mil trabalhadores terceirizados da Agespisa, que, segundo os denunciantes, estão enfrentando o mesmo problema, mas sem espaço para expor publicamente suas dificuldades.
A denúncia foi encaminhada ao MPT com a solicitação de medidas urgentes para coibir os abusos relatados. Os servidores pedem que sejam garantidos seus direitos trabalhistas e que sejam tomadas providências contra o assédio moral praticado pela gestão estadual. O caso deve agora ser analisado pelo órgão competente, podendo resultar em uma investigação formal contra o governo do estado do Piauí.
Fonte: Portal AZ