Juíza se afasta de caso que investiga vereadora Tatiana Medeiros

O processo sobre suposta ligação com facção criminosa e peculato será conduzido por nova magistrada

Por Carlos Sousa,

A condução do processo criminal que investiga a vereadora Tatiana Medeiros (PSB), de Teresina, por crimes eleitorais e possível envolvimento com facção criminosa, passará a ser responsabilidade de uma nova juíza. A magistrada Gláucia Mendes Macêdo, da 98ª Zona Eleitoral, solicitou seu afastamento do caso por razões de foro íntimo.

Foto: Reprodução/InstagramPresa pela PF, Tatiana Medeiros é afastada do cargo de vereadora

A substituição foi confirmada pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI), desembargador Sebastião Ribeiro Martins, que designou para o processo a juíza Júnia Maria Bezerra Feitosa Fialho, titular da 1ª Zona Eleitoral de Teresina. “Todo juiz ou juíza tem plena autonomia funcional para conduzir um processo, decidindo de acordo com a prova dos autos e a sua própria consciência”, declarou o presidente do TRE-PI ao justificar a mudança.

Entenda

A vereadora Tatiana Medeiros está presa desde 3 de abril e foi afastada de suas funções na Câmara Municipal de Teresina. Ela foi indiciada pela Polícia Federal por cinco crimes, no contexto da Operação Escudo Eleitoral, que investiga o uso de recursos ilícitos no financiamento de campanhas políticas na capital piauiense.

Entre as acusações, constam peculato e prática de “rachadinha” — esquema em que assessores repassam parte de seus salários ao político que os nomeou, conforme acordo previamente estabelecido. O inquérito também apura a possível ligação de parlamentares com organizações criminosas.

A Operação Escudo Eleitoral foi deflagrada para investigar o uso de dinheiro ilícito nas eleições municipais e vem desdobrando conexões entre representantes do poder público e facções atuantes no estado do Piauí.

Com a designação da nova juíza, o processo seguirá normalmente, com expectativa de novos desdobramentos à medida que a tramitação prosseguir sob a responsabilidade da magistrada Júnia Fialho.

O caso segue sob sigilo parcial, mas é acompanhado com atenção por órgãos judiciais e eleitorais do estado, dada sua gravidade e possível impacto na integridade do processo democrático. A defesa da vereadora ainda não se pronunciou sobre a mudança na condução do caso.

Fonte: TRE-PI

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