CPI da Águas de Teresina é suspensa após denúncia de suposta compra de membros
Petrus Evellyn acionou MP e Polícia Civil e propõe quebra de sigilo bancário dos suspeitos
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga a atuação da empresa Águas de Teresina foi suspensa nesta quarta-feira (11) pelo presidente do grupo, vereador Petrus Evellyn (PP). A decisão foi tomada após denúncias de suposta corrupção dentro da própria CPI, feitas pela também vereadora Samantha Cavalca (PP), que acusou o colegiado de estar sendo "comprado".

A suspensão dos trabalhos e a denúncia pública desencadearam um novo desdobramento no caso: Petrus acionou o Ministério Público do Piauí (MPPI) e a Polícia Civil, solicitando a quebra dos sigilos bancário e telefônico dos parlamentares que integram a CPI. O vereador também afirmou que disponibilizará voluntariamente seus próprios dados financeiros para investigação.
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“Eu acredito que todos os membros da CPI devem ter o seu sigilo bancário e telefônico abertos. Vou abrir o meu espontaneamente. Espero que os outros membros também façam o mesmo”, declarou o presidente da comissão.
CPI sob suspeita e paralisação temporária
Com a crise interna instalada e o início das investigações formais, Petrus anunciou que os trabalhos da CPI estão suspensos por tempo indeterminado, até que as denúncias sejam apuradas.
“Uma CPI sob essas condições não tem como continuar. Vou solicitar a suspensão temporária da CPI até que tudo seja esclarecido. Se vereadores, um ex-vereador e um comissionado da Casa estão fazendo acusações que envolvem um instrumento da Câmara, como uma CPI, eles precisam apresentar provas concretas”, pontuou.
A CPI da Águas de Teresina foi criada para apurar a atuação da concessionária de água e esgoto que atende a capital, diante de reclamações constantes da população sobre a qualidade dos serviços. No entanto, as recentes acusações colocam em xeque a credibilidade e os objetivos do colegiado.
Denúncia e críticas à CPI
A autora das denúncias, vereadora Samantha Cavalca, afirmou publicamente que a comissão parlamentar não teria condições de produzir resultados efetivos. Para ela, a CPI foi um uso indevido de recursos públicos com fins midiáticos.
“Desde o início, eu disse que essa CPI não daria em nada. O Petrus utilizou dinheiro público para montar um circo na Câmara, para enganar o povo de Teresina que sofre com os serviços da Águas de Teresina”, declarou a parlamentar.
Próximos passos
A Procuradoria-Geral de Justiça e a Polícia Civil deverão analisar os pedidos de quebra de sigilo e investigar a veracidade das denúncias. Caso sejam confirmadas irregularidades, os envolvidos poderão ser responsabilizados tanto no campo político quanto judicial.
Enquanto isso, os trabalhos da CPI permanecem suspensos e sem previsão de retomada. A situação gera incerteza sobre o futuro da investigação parlamentar e aprofunda o debate sobre transparência e responsabilidade no exercício das funções legislativas.
Fonte: Portal AZ