Alexandre de Moraes prorroga inquérito contra Eduardo Bolsonaro por 60 dias
A Investigação apura coação e tentativa de obstrução envolvendo o deputado licenciado
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar por mais 60 dias o inquérito que investiga o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A decisão, proferida nesta terça-feira (8 de julho), atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF), responsável pela condução das apurações.

Eduardo Bolsonaro é investigado pelos crimes de coação no curso do processo e obstrução de investigação penal. A abertura do inquérito foi solicitada em maio deste ano pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, com base em indícios de que o parlamentar teria atuado para incitar o governo dos Estados Unidos a adotar medidas contra o ministro Moraes. O magistrado, além de relator do caso, é também responsável por conduzir investigações ligadas à trama golpista de 8 de janeiro e ao inquérito das fake news.
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Licença e saída do país
Em março deste ano, durante o julgamento em que o ex-presidente Jair Bolsonaro se tornou réu, Eduardo Bolsonaro pediu licença de 122 dias do mandato parlamentar e se mudou para os Estados Unidos, alegando temor de prisão e perseguição política no Brasil.
Reações internacionais e resposta do governo
Na última segunda-feira (7 de julho), o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, usou as redes sociais para defender Jair Bolsonaro e criticar o julgamento conduzido pelo STF. Em sua publicação, Trump afirmou estar acompanhando “muito de perto” a situação e classificou os processos como uma “caça às bruxas”. Ele ainda pediu que deixem Bolsonaro “em paz”.
Em resposta à declaração, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o Brasil é um país soberano e que não aceitará interferências externas em seus processos internos e institucionais.
A investigação contra Eduardo Bolsonaro segue em sigilo e, com a prorrogação determinada por Moraes, a Polícia Federal continuará a coleta de provas para esclarecer o envolvimento do parlamentar licenciado nas ações apontadas pelo Ministério Público Federal.
Fonte: Agência Brasil