EUA revelam planos do Irã para assassinar Trump durante a corrida eleitoral
Conspiração envolve membros da Guarda Revolucionária Islâmica; FBI já prendeu dois envolvidos em Nova York
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos revelou que membros do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica do Irã teriam planejado o assassinato de Donald Trump e da ativista iraniana Masih Alinejad, exilada em Nova York. Segundo o procurador-geral Merrick Garland e o diretor do FBI Christopher Wray, o plano incluía ataques a cidadãos iranianos críticos ao regime e a Trump, com um atentado previsto para ocorrer antes das eleições de novembro.
A investigação identificou Farhad Shakeri, um agente da Guarda Revolucionária de 51 anos, que teria recrutado Carlisle Rivera e Johnathon Loadhoalt em uma rede criminosa por uma promessa de pagamento de US$ 100 mil. Os dois norte-americanos foram presos em Nova York, enquanto Shakeri permanece foragido, possivelmente no Irã.
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O plano foi considerado uma grave ameaça à segurança dos EUA. “Existem poucos atores no mundo que representam uma ameaça tão grave quanto o Irã”, afirmou Garland. Wray complementou, afirmando que o FBI usará todos os recursos para proteger os cidadãos dos EUA contra ataques.
A ativista Alinejad, que seria um dos alvos, revelou em um vídeo que o FBI a alertou para não participar de eventos públicos devido à ameaça. Ela relatou que estava em Berlim quando foi informada sobre as prisões. “Esses homens foram à minha casa para me matar”, disse.
Tensões diplomáticas
Para o cientista político Majid Rafizadeh, da Universidade de Harvard, o plano iraniano pode sinalizar uma escalada nas tensões diplomáticas e de segurança.
O regime iraniano teria motivações para retaliar Trump, após as sanções econômicas e a morte do general Qassem Soleimani em 2020. Segundo Rafizadeh, o Irã poderia estar tentando reafirmar seu poder regional e enviar uma mensagem a futuros líderes dos EUA sobre as consequências de políticas hostis.
Fonte: Com informações do Correio Braziliense