Sem energia elétrica, mãe e filho que estudam na mesma escola superam dificuldades do ensino online
Vilma e Amosio Pereira moram na zona rural de São Félix do Piauí, sem acesso à internet para aulas
Desde o início da pandemia da covid-19, a educação é um dos setores que mais sofreu impacto pelas transformações sociais tragas pelo vírus. É o caso de Vilma e Amosio Pereiria, mãe e filho, moradores de São Félix do Piauí, que vêm enfrentando desafios para continuar os estudos na mesma escola.
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Sem energia elétrica, mãe e filho que estudam na mesma escola superam dificuldades do ensino online (Foto: divulgação)
Morando em uma comunidade da zona Rural, sem energia elétrica, os estudantes se deslocam quatro quilômetros por dia para ter acesso à internet. No local que Vilma e Amosio residem, não há sinal de internet.
"Pegamos os conteúdos e fazemos as atividades. Conseguimos aprender os conteúdos ano passado e a escola professores nos deram um grande ajuda, ficamos muito gratos", relatou a mulher.
Vilma precisou abandonar os estudos durante a adolescência e hoje está na VII Etapa da Educação de Jovens e Adultos (EJA). Uma de suas filhas, que estudou na mesma escola que a mãe e o irmão, está cursando o mestrado em Química. Para o jovem Amosio, as duas seguem sendo sua inspiração para continuar trilhando o caminho dos estudos.
“Fomos muito estimulados a não desistir, apesar da distância e dificuldades, porque é algo que vale a pena correr atrás. Conseguimos. Foi um ano difícil, mas a escola sempre esteve com a gente”, afirmou o estudante do 3° ano do Ensino Médio.
Entretanto, a realidade de Vilma e Amosio é uma das pequenas vitórias diárias da educação pública. Para driblar a evasão de salas de aulas no modelo online, a diretora da Unidade Escolar Sartunino Moura, Luciane Maria, relatou que a grande preocupação nessa modalidade de ensino é trazer a família para caminhar de mãos das com a escola.
“No início da pandemia, realizamos formação com os professores sobre ferramentas como o Google Classroom, conseguindo com que o conteúdo chegasse a cerca de 85% dos alunos. Os demais estudantes receberam roteiro e material impresso, além de trabalharmos fortemente com o Canal Educação. No final de cada bimestre, fazemos uma reunião e buscamos os poucos alunos, cerca de 1,85% na última análise, que não estão conseguindo participar por meio de alguma ferramenta. Então, buscamos as famílias para mais uma vez apoiar a escola. Os resultados só têm melhorado”, completou a diretora.