Defesa de vereador foragido espera designação do Gaeco para apresentá-lo

Ele é acusado de liderar grupo que desviou R$ 3 milhões de recursos

Por Wanderson Camêlo,

A defesa do vereador Fabiano Feitosa Lira (PRTB) – apontado como líder de organização criminosa que desviava verba para a construção e manutenção de poços de água no Sul do Piauí, garante que o acusado (que está foragido) irá se apresentar assim que solicitado. A informação foi confirmada ao Portal AZ por Wildes Próspero, advogado do vereador.

Operação “Poço sem Fundo” deflagrada nesta quarta-feira (Foto: divulgação) 

Próspero informou já ter requerido, oficialmente, designação de dia e hora para que seu cliente compareça à sede do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, em Teresina, para prestar esclarecimentos.

“Estamos aguardando o coordenador do Gaeco designar dia e hora para que ele possa se apresentar e efetivamente prestar depoimento no curso da investigação. O vereador está à disposição para prestar dos esclarecimentos necessários. Tentaremos junto ao judiciário discutir essa prisão cautelar em desfavor dele”, ressaltou o advogado.

O depoimento deve acontecer somente amanhã, acredita Wildes, já que o promotor Rômulo Cordão (do Gaeco), responsável pelo caso, ainda não se encontra em Teresina.  “Eu imagino que não vai ser possível hoje porque o promotor da comarca está em Canto do Buriti. O coordenador [da operação] está lá também e o vereador não está na região”, declarou Próspero.

Fabiano Feitosa, vereador na cidade de Brejo do Piauí, foi preso na manhã desta quarta-feira (13) na operação "Poço sem fundo", que cumpriu seis mandatos de prisão e nove de buscas e apreensão.

Na ação a ex-prefeita de Brejo do Piauí Márcia Aparecida da Cruz, o irmão da gestora Emídio Pereira da Cruz, que foi chefe de gabinete da ex-prefeita, além dos donos da empresa VSP Construtora, Adcarliton Valente Barreto e Valdirene da Silva Pinheiro – suspeitos de fornecerem as notas frias para o desvio dos pagamentos para a construção e manutenção de poços, foram presos. Apenas o vereador não foi localizado.

Os crimes, segundo as investigações, teriam ocorrido na gestão de Márcia Aparecida entre os anos de 2013 e 2016. Estima-se que foram desviados, no total, R$ 3 milhões.

Ainda de acordo, as investigações há indícios de que o grupo repetia o mesmo esquema na cidade de Tamboril do Piauí. Há ainda indicativo de que a organização operava no sentido de lavagem de capital, já que tem patrimônio incompatível com os recursos recebidos do poder público.

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