Suspeito de se passar por delegado da Polícia Civil é preso na zona Norte de Teresina

No apartamento do suspeito a polícia encontrou armas de fogo, distintivo e colete

Por Marcelo Gomes (Da Redação) e Vitoria Pilar (Do local),

Policiais do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) prenderam nesta quarta-feira (12), em um apartamento na zona Norte de Teresina, Afonso Soares Brandão Júnior, suspeito de se passar por delegado da Polícia Civil do Piauí. No apartamento de Afonso a polícia encontrou armas de fogo, colete, carteiras que o identificavam como servidor da segurança pública do estado e distintivo. 

Suspeito de se passar por delegado da Polícia Civil é preso em Teresina (Foto: reprodução WhatsApp)

Ao Portal AZ, o delegado Tales Gomes, coordenador do Greco, informou que o suspeito se passava por delegado há anos. 

Delegado Tales Gomes, coordenador do Greco (Foto: Vitoria Pilar / Portal AZ)

“É uma investigação que começamos na semana passada quando recebemos a informação que um sujeito estava se passando por delegado em Teresina para obter vantagens. Ele chegou a alugar um apartamento na Santa Maria da Codipi e hoje conseguimos prendê-lo em flagrante. Quando chegamos ele estava com uma pistola na cintura. Foi dominado por policiais e fizemos a vistoria no apartamento”, contou.

Ainda segundo o delegado, Afonso já tem passagem pela polícia por violência doméstica e roubo de carro. “Também recebemos a informação que ele se passava também por advogado e oferecia os serviços para entrar com determinado procedimento na justiça, recebia o dinheiro e depois sumia”, afirmou Tales. 

No apartamento do suspeito a polícia encontrou armas de fogo, distintivo, coletes e documentos (Foto: divulgação / SSP)

Afonso poderá responder pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo, falsidade ideológica e estelionato. Ele está preso na sede do Greco e passará por uma audiência de custódia nesta quinta-feira (13).

O que diz a defesa

Ao Portal AZ, o advogado João Holneyker, responsável pela defesa de Afonso Soares, afirmou que não houve uso de documentos falsos e usurpação de função. Segundo ele, houve um desconhecimento da autoridade policial.

“É uma prática sensacionalista da polícia que resolveu tomar os pertences de um investigador, assinado por ele, pelo conselho e autorizado por uma lei federal e estadual. Muito triste saber que a Polícia Civil do Piauí não conhece uma classe tão sólida como o Cedaic e confunde o exercício da investigação privada do uso de documento falso ao uso de atribuições ilegais”, explicou.

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