Polícia Civil questiona versão e afirma que irmão participou do assassinato de Izadora Mourão

Mãe teria assumido o crime, mas delegado diz que é estratégia da defesa

Por Vitória Pilar,

A Polícia Civil questionou a versão apresentada pela defesa do advogado João Paulo Mourão de que ele não teria sido o autor do assassinato da irmã Izadora Mourão. Recentemente, a mãe da vítima, a aposentada Maria Nerci afirmou em audiência que é a autora do crime, mas a polícia contesta. 

Polícia Civil questiona versão e afirma que irmão participou do assassinato de Izadora Mourão (Foto: divulgação)

A advogada Izadora Mourão foi morta a facadas, em fevereiro de 2021, no município de Pedro II. Segundo o delegado Barrêta, coordenador do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a vítima foi assassinada com nove facadas no seu quarto. O crime teria contado com a participação de mãe e filho. 

Barêtta relatou que o assassinato teria sido premeditado. O pai de Izadora e João Paulo morreu e teria deixado uma herança de R$ 4 milhões para a advogada. 

Izadora teria começado a reivindicar parte da herança, o que teria motivado Maria Nerci e o filho a planejarem a morte da advogada. Em entrevista à TV Clube, o coordenador do DHPP afirmou que a confissão da aposentada seria uma estratégia da defesa. 

“A altura e a posição dos golpes aplicados indicam que seria o irmão. É uma estratégia da defesa. Temos um encadeamento do crime praticado pelo João Paulo, que foi autor material, que agiu e matou auxiliado pela mãe. Não há argumentos", explicou Barrêtta. 

O que diz a defesa? 

A advogada Esmaela Macedo afirmou que a perícia técnica apontou que apenas uma pessoa esteve na cena do crime. "Somente um dos réus assumiu autoria do caso, a dona Maria Nerci. A perícia técnica foi conclusiva em apontar que apenas um réu participou do crime. Além disso, não foi reconhecido nenhum elemento que colocasse João Paulo na cena do crime", relatou. 

Em audiência, mãe assume autoria do assassinato da advogada Izadora Mourão (Foto: reprodução)

A idosa não apontou motivações para o crime. Ainda, a defesa declarou que vai entrar com os recursos cabíveis para pedir a liberdade de João e dar início ao julgamento para Maria Nerci, uma vez que a mesma é idosa e encontra-se em prisão domiciliar.  

Caso corre em segredo de justiça; MP pede a quebra 

O Ministério Público do Piauí pediu a quebra de segredo de justiça do processo do caso Izadora Mourão. O sigilo do processo foi determinado pela Comarca de Pedro II, onde o processo é julgado. Agora o caso segue para que o juiz decida sobre a quebra do sigilo.

Entenda o caso

O corpo da advogada Izadora Mourão, 41 anos, foi encontrado dentro da própria residência em Pedro II com um corte no pescoço em 13 de fevereiro deste ano. A Polícia Militar foi acionada e isolou o local para o trabalho da perícia técnica criminal. O caso ficou sob investigação do DHPP.

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