Justiça liberta a maioria dos presos na Operação Prodígio e mantém líderes

Após expiração da prisão temporária, somente quatro indiciados, identificados como líderes da organização criminosa, tiveram suas prisões convertidas em preventiva e permanecem sob custódia

Por Carlos Sousa,

A Justiça determinou nesta  segunda-feira (11), a libertação de 26 dos 30 presos na Operação Prodígio, após o término do período de prisão temporária no último sábado (09). A informação foi confirmada pelo Superintendente de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), Matheus Zanatta. Somente quatro indiciados, identificados como líderes da organização criminosa, tiveram suas prisões convertidas em preventiva e permanecem sob custódia.

Foto: SSP-PIoperação prodígio

Entre os detidos que permanecerão na prisão está Anderson Ranchel Dias de Sousa, acusado de liderar as operações bancárias fraudulentas em instituições financeiras do Piauí e possivelmente de outros estados. Além dele, os outros três líderes, Sávio Márcio, Ilgner de Oliveira Bueno e Handson Ferreira, também continuam detidos.

O esquema criminoso em questão envolvia principalmente jovens com idades entre 19 e 21 anos, que se faziam passar por médicos e engenheiros para abrir contas bancárias utilizando informações pessoais falsas. A organização era composta por três núcleos distintos: os líderes responsáveis pela operação do esquema, os indivíduos recrutados para fingir serem clientes e abrir contas nos bancos e a parte financeira, incluindo empresas fictícias usadas para lavar o dinheiro obtido por meio das fraudes.

Foto: SSP-PIDelegado Ancieta Nery

Essas empresas fantasmas desempenhavam um papel crucial no processo, ajudando a lavar os fundos adquiridos com o esquema e a movimentar as contas, aumentando os limites de crédito disponíveis.

As ações da quadrilha eram tanto presenciais quanto virtuais, utilizando aplicativos bancários. Os golpistas se dirigiam às agências bancárias, apresentando-se como médicos ou engenheiros recém-formados e fornecendo documentos fraudulentos. Isso levava os bancos a abrir contas e permitir movimentações financeiras substanciais, embora todas as informações fornecidas pelos fraudadores fossem falsas.

No total, foram identificados e investigados 117 contratos de abertura de contas em bancos no Piauí. A polícia estima que cada uma dessas contas tenha causado prejuízos de até R$ 30 mil às instituições financeiras. Em âmbito nacional, estima-se que a quadrilha tenha fraudado mais de R$ 19 milhões, sendo que no Piauí o montante chega a quase R$ 6 milhões. O desdobramento das investigações e a continuação do processo judicial determinarão os desdobramentos futuros deste caso complexo.

Fonte: com informações SSP-PI

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