Cabeleireira foi assassinada por residir em área de facção rival, diz delegada

Carlos Daniel Martins de Sousa, segundo suspeito, é preso na manhã desta terça (27) em Teresina, acusado de envolvimento no crime

Por Carlos Sousa,

Na manhã desta terça-feira (27), a polícia prendeu Carlos Daniel Martins de Sousa, de 23 anos, apontado como o segundo suspeito de envolvimento no assassinato da cabeleireira Aryadna Montenegro, ocorrido no dia 21 de julho na zona Norte de Teresina. A prisão foi realizada na região de São Joaquim, mesmo local onde o crime aconteceu.

Foto: Reprodução/Redes SociaisAryadna Montenegro
Aryadna Montenegro

De acordo com a delegada Nathalia Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime foi motivado pelo fato de Aryadna morar em uma área dominada pela facção criminosa Bonde dos 40, rival ao Primeiro Comando da Capital (PCC), ao qual os suspeitos estão ligados. "Carlos admitiu estar presente no momento [do crime], mas negou ter executado a vítima, justificando que o motivo seria o fato de a vítima residir em uma região que eles dizem ser dominada pelo Bonde dos 40, o que teria incomodado os faccionados do PCC", afirmou a delegada.

Aryadna Montenegro, que se identificava como mulher trans, era proprietária de um salão de beleza na área onde foi morta. Segundo relatos de pessoas próximas, ela não tinha qualquer envolvimento com atividades criminosas. As investigações indicam que Aryadna foi atraída para o local do crime, onde foi brutalmente assassinada com pedradas no rosto. "Pessoas próximas relataram que ela não era envolvida [com a criminalidade]", destacou a delegada Figueiredo.

Carlos Daniel já possui histórico criminal, respondendo por homicídio e roubo. A delegada Nathalia Figueiredo ressaltou que as investigações continuam, e acredita-se que outras pessoas estejam envolvidas no assassinato de Aryadna.

Esta é a segunda prisão relacionada ao caso. No dia 15 de agosto, Orlando Silva, conhecido como Magnata, foi detido como um dos principais suspeitos do crime. Orlando, que já responde por três homicídios, negou envolvimento no assassinato de Aryadna, mas a polícia encontrou contradições em seu depoimento.

Aryadna foi encontrada morta em um matagal após ter passado a noite bebendo com amigas. Câmeras de segurança registraram a última vez que ela foi vista com vida, em companhia de Orlando Silva.

Fonte: DHPP

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