PF investiga laudo divulgado por Pablo Marçal associando Boulos ao uso de drogas

O inquérito apura possível falsidade de documento médico publicado nas redes sociais durante a campanha eleitoral.

Por Carlos Sousa,

A Polícia Federal (PF) abriu, neste sábado (5), um inquérito para investigar um suposto laudo médico publicado pelo candidato Pablo Marçal (PRTB) em suas redes sociais, no qual ele busca associar Guilherme Boulos (PSOL) ao uso de drogas. A investigação foi iniciada após determinação de um delegado da PF em São Paulo, conforme informações obtidas pela CNN.

Foto: Reprodução/CNN BrasilPF investiga laudo apresentado por Marçal contra Boulos
PF investiga laudo apresentado por Marçal contra Boulos

O caso começou com uma denúncia apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que encaminhou o assunto ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). O TRE-SP, por sua vez, acionou a Polícia Federal para apurar a autenticidade do documento.

Mais cedo, o TRE-SP determinou que Pablo Marçal retirasse de suas redes sociais os vídeos em que fazia referência ao suposto laudo. O juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral, apontou indícios de falsidade no documento e deu um prazo de dois dias para que Marçal apresentasse sua defesa.

O prontuário médico postado por Marçal mencionava que Boulos, no dia 19 de janeiro de 2021, teria sido atendido na clínica Mais Consulta, no bairro do Jabaquara, São Paulo, com "surto psicótico grave" e "ideias homicidas", além de alegar uso de cocaína. No entanto, o registro do médico que aparece no laudo, José Roberto de Souza, está inativo devido ao falecimento do profissional, conforme o Conselho Federal de Medicina (CFM).

Em resposta, Guilherme Boulos afirmou que o documento foi falsificado, acusando Luiz Teixeira, dono da clínica mencionada e suposto apoiador de Marçal, de forjar o laudo. Ele também afirmou que, no dia seguinte ao que consta no prontuário, estava distribuindo cestas básicas na Comunidade do Vietnã, zona sul de São Paulo.

O caso segue em investigação pela Polícia Federal, que busca apurar se o laudo foi realmente falsificado e se houve prática de crimes eleitorais.

Fonte: CNN Brasil

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