Médico Walter Vieira, sócio de laboratório que fez testes de HIV errado é preso

Ao todos, 40 policias estão cumprindo quatro mandado s de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão. A operação investiga a contaminação de seis paciente que receberam órgãos infectados com HIV

Por Rayfran Junior,

A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na manhã desta segunda-feira (14), o médico Walter Vieira, um dos sócios do laboratório PCS Lab Saleme, no âmbito da operação Verum, que investiga a contaminação por HIV de seis pacientes que receberam transplantes, no Rio de Janeiro. A operação contou com 40 policiais cumprindo quatro mandados de prisão preventiva e 11 de busca e apreensão.

Foto: Fernando Frazão/Agência BrasilA sede do PCS Lab Saleme, laboratório de análises clínicas interditado pela Anvisa para investigação da infecção de pacientes transplantados pelo vírus HIV, a partir de exames falso-negativos de doadores
A sede do PCS Lab Saleme, laboratório de análises clínicas interditado pela Anvisa para investigação da infecção de pacientes transplantados pelo vírus HIV, a partir de exames falso-negativos de doadores

O caso gerou grande repercussão após a confirmação de que os pacientes foram infectados devido a falhas nos testes realizados pelo laboratório. Além da Polícia Civil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com as Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal, e o Sistema Nacional de Transplantes do Ministério da Saúde, também estão investigando o ocorrido.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, declarou que o ministério tomará todas as providências necessárias diante do que chamou de "eventos adversos graves". A ministra destacou que, além de solidariedade, será prestada assistência integral aos pacientes e seus familiares. "É compromisso do Ministério da Saúde garantir a segurança e integridade do sistema nacional de transplantes", afirmou.

Entre as medidas já adotadas pela pasta estão: a interdição cautelar do Laboratório PCS Saleme, a retestagem de todas as amostras analisadas pelo laboratório, a transferência dos exames do Rio de Janeiro para o Hemorio, utilização de testes NAT, assistência especializada aos pacientes e uma auditoria urgente pelo Departamento Nacional de Auditoria do Sistema Único de Saúde (SUS).

O laboratório PCS Lab, em nota, anunciou a abertura de uma sindicância interna para apurar as responsabilidades pelo caso, que classificou como um "episódio sem precedentes" em sua história de atuação desde 1969. A empresa garantiu que dará suporte médico e psicológico aos pacientes infectados e está cooperando plenamente com as autoridades nas investigações.

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Fonte: Portal AZ

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