Robin da Carne é solto após operação; Colaboração foi decisiva, diz defesa
Advogados destacam postura colaborativa do empresário em investigações após prisão temporária
O empresário Antonio Robson da Silva Pontes, popularmente conhecido como "Robin da Carne", foi liberado na manhã desta terça-feira (15) após passar uma noite detido na Central de Flagrantes de Teresina. Robin aguardava audiência de custódia, que ocorreu nesta manhã, após ser um dos alvos da operação Jogo Sujo II, deflagrada no dia 09 de outubro. Durante a operação, foram apreendidos veículos, joias, armas e grandes quantias em dinheiro, incluindo R$ 150 mil em espécie em residências ligadas ao empresário.

A operação, que aconteceu em Teresina e nas cidades de Timon e Caxias, no Maranhão, cumpriu 22 mandados de busca e apreensão e 8 mandados de prisão. Entre os itens apreendidos estavam 22 veículos, sendo 17 carros, além de armas de fogo, joias e mais de R$ 500 mil em dinheiro, incluindo R$ 150 mil nas propriedades relacionadas a Robin da Carne.
Apesar de ser um dos principais alvos da operação, o empresário apresentou-se espontaneamente à polícia na tarde de ontem (14), prestando depoimento por mais de três horas no Departamento de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI). Segundo seu advogado, Lúcio Tadeu, Robin respondeu a todas as perguntas e esclareceu sua situação, destacando que "ele é empresário e não está envolvido em crimes."
De acordo com a defesa, composta também pelos advogados Breno Macedo, Delmar Fonseca e Wildes Próspero, a colaboração do empresário foi fundamental para sua soltura. O advogado afirmou que, desde o início da operação, Robin estava em viagem de trabalho e manteve contato com as autoridades. "Ele nunca esteve foragido e cooperou o tempo todo", afirmou Lúcio Tadeu.
O pedido de soltura foi feito pelos próprios delegados que conduzem o caso, com base na avaliação de que a permanência de Robin na prisão era "desnecessária". Agora, o empresário aguardará a conclusão do inquérito em liberdade, com algumas restrições, como a proibição de deixar Teresina sem comunicar previamente à polícia, o recolhimento noturno e a suspensão do uso de redes sociais.
Em contraste com a liberação de Robin, a Justiça negou pedidos de prisão domiciliar para outros influenciadores presos durante a operação Jogo Sujo II. Quatro dos influenciadores tiveram suas prisões prorrogadas, incluindo Pedro Lopes Lima Neto (conhecido como Lokinho), Milena Pâmela Oliveira Silva, Brenda Raquel Barbosa Ferreira e Letícia Ellen Negreiro de Abreu. Entre os argumentos apresentados estavam condições de saúde, como pressão alta e gravidez, mas os pedidos foram recusados.
Os influenciadores seguem detidos enquanto o processo judicial continua. A operação segue investigando o envolvimento dos suspeitos em atividades ilícitas relacionadas a jogos de azar e outras atividades suspeitas.
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Fonte: PMPI