Polícia Civil fará recostituição de disparos entre policiais do maranhão e Piauí
A reconstituição busca esclarecer a dinâmica do crime ocorrido em Teresina
A Polícia Civil do Piauí anunciou que realizará a reconstituição do confronto entre o soldado da Polícia Militar do Maranhão, Raimundo Linhares, e o sargento da PM do Piauí, João de Deus. O incidente ocorreu no último dia 5 de outubro, no Parque Sul, em Teresina, durante uma discussão que culminou em disparos de arma de fogo. Na manhã desta segunda-feira (7), o soldado Linhares apresentou-se voluntariamente ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), onde prestou depoimento e alegou legítima defesa.
De acordo com o delegado Francisco Baretta, coordenador do DHPP, o soldado Linhares afirma que o conflito teve início quando o sargento João de Deus, supostamente de forma intencional, bateu em seu carro e, ao ser confrontado, reagiu com deboche. A situação rapidamente escalou, resultando em uma troca de tiros. “Ele [soldado Linhares] relata que o sargento teria sacado a arma primeiro e disparado, o que o levou a se proteger atrás do carro e atirar para se defender", explicou Baretta.
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O sargento João de Deus foi gravemente ferido com um tiro na cabeça e encontra-se internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Enquanto isso, o soldado Linhares saiu ileso do confronto. As armas de ambos foram apreendidas e estão passando por perícia para um confronto balístico que deverá confirmar se os projéteis encontrados no carro de Linhares são compatíveis com a arma do sargento. Projéteis de calibre 38, que corresponderiam à arma do sargento, foram encontrados dentro do veículo do soldado, segundo o DHPP.
A reconstituição do crime, ainda sem data definida, é considerada uma etapa crucial para esclarecer a dinâmica dos acontecimentos. Segundo o delegado Baretta, o procedimento servirá para avaliar a veracidade da versão apresentada e entender melhor os detalhes da troca de tiros. "A reconstituição é um meio de prova para que possamos verificar se a narrativa coincide com os fatos ocorridos", afirmou o delegado.
Até o momento, não foi emitida nenhuma medida cautelar contra o soldado Linhares. A Polícia Civil segue com a investigação para consolidar as provas e avaliar a possibilidade de solicitar uma medida cautelar conforme os novos elementos forem analisados. O DHPP trata o caso como tentativa de homicídio e permanece em diligências para robustecer as informações necessárias.
Fonte: Com informações DHPP