PF desmantela grupo religioso suspeito de desviar R$ 260 milhões de 10 mil fiéis

Operação "Profeta" cumpre mandados de prisão e apreensão no RJ e SP contra crimes financeiros

Por Carlos Sousa,

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (7) a operação "Profeta", destinada a combater um esquema de fraudes financeiras que teria desviado aproximadamente R$ 260 milhões de 10 mil investidores, segundo estimativas da PF. A operação ocorre simultaneamente no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde agentes cumprem um mandado de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão.

Foto: ReproduçãoMercado da fé

A investigação aponta que a organização criminosa utilizava de um grupo religioso para atrair investidores para uma empresa que operava no mercado de criptomoedas e Forex. Segundo a PF, os líderes do grupo exploravam a fé dos envolvidos para obter recursos que, em vez de serem aplicados conforme prometido, eram direcionados a contas no exterior sem o conhecimento das vítimas. Os valores foram enviados por meio de corretoras de criptomoedas, o que teria facilitado a evasão de divisas.

De acordo com o inquérito, o esquema envolvia uma estrutura empresarial sofisticada, formada para captar investimentos e desviar os recursos para fora do país. A operação “Profeta” busca não apenas cumprir os mandados judiciais, mas também recuperar ativos e bens adquiridos com o dinheiro dos investidores lesados, com um valor de sequestro estimado em R$ 262 milhões.

Os mandados de busca e apreensão são cumpridos em cinco cidades: Rio de Janeiro, Barueri, Guarulhos, Cajamar e Salto, no estado de São Paulo. Além da apropriação indevida de valores, os investigados responderão por crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, como negociação de valores mobiliários sem registro, operação de instituição financeira sem autorização e evasão de divisas, além de formação de organização criminosa transnacional e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início após uma série de denúncias de vítimas que relataram ter perdido suas economias ao confiar nos supostos investimentos oferecidos pelo grupo. A PF informou que a complexidade do esquema e o uso da religião como isca dificultaram a identificação e captura dos envolvidos, e novos desdobramentos da operação "Profeta" ainda podem ocorrer enquanto as diligências avançam.

Fonte: CNN Brasil

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