Polícia Federal investiga liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares

Ministro Flávio Dino suspende pagamentos e exige maior transparência na destinação dos recursos.

Por Carlos Sousa,

Nesta terça-feira (24), a Polícia Federal (PF) anunciou a abertura de um inquérito para investigar a liberação de R$ 4,2 bilhões em emendas parlamentares, medida tomada após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. A apuração atende à exigência de maior transparência sobre os responsáveis e os destinos desses recursos públicos.

Foto: Marcelo Camargo/Agência BrasilPolícia Federal
Polícia Federal

Suspensão e retomada com condicionantes

Em agosto deste ano, Flávio Dino havia suspendido o pagamento das emendas devido à falta de informações claras sobre sua destinação e autoria. No início de dezembro, o ministro autorizou a retomada dos pagamentos sob a condição de que as operações fossem realizadas de forma transparente, seguindo critérios rigorosos para evitar irregularidades.

Ontem (23), diante de novas denúncias, o ministro voltou a suspender os repasses e ordenou que a PF instaurasse o inquérito para aprofundar as investigações.

Denúncias de favorecimento político

O caso ganhou destaque após o partido PSOL acionar o STF, questionando a destinação de parte dos recursos para o estado de Alagoas, reduto político do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL). A legenda alega que a alocação dos valores pode ter sido realizada de forma desigual e sem a devida transparência.

A suspeita sobre possíveis desvios de finalidade e favorecimento político motivou a instauração da investigação pela Polícia Federal, que buscará esclarecer se houve irregularidades na gestão dos R$ 4,2 bilhões.

Repercussão e próximos passos

O caso levanta debates sobre a necessidade de maior controle na liberação de emendas parlamentares e sobre a responsabilidade das instituições na gestão de recursos públicos. A Polícia Federal dará andamento ao inquérito, e o STF deverá acompanhar de perto os desdobramentos das investigações.

Fonte: Agência Brasil

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