Justiça concede liberdade para idosa acusada de envenenar irmãos em Parnaíba

A justiça determinou a soltura de Lucélia Mara após laudo do IML confirmando que os cajus consumidos pelas crianças não estavam envenenados

Por Rayfran Junior,

A idosa Lucélia Maria da Conceição Silva, de 70 anos, recebeu liberdade provisória nesta segunda-feira (13), após passar cinco meses presa sob a acusação de envenenar os dois irmãos com cajus em Parnaíba. A decisão foi tomada pela juíza titular da Vara de Parnaíba, que revogou a prisão preventiva após novas provas indicarem que os cajus supostamente contaminados consumidos pelas vítimas não estavam envenenados.

Foto: ReproduçãoLucélia Maria da Conceição Silva, de 70 anos
Lucélia Maria da Conceição Silva, de 70 anos

A liberdade foi concedida após o padrasto da mãe das crianças ter sido preso como novo suspeito de envenenar o resto da família, fazendo o caso de Lucélia tomar um novo rumo na manhã desta segunda-feira (13), quando o laudo do Instituto Médico Legal (IML) confirmou que os cajus consumidos pelas crianças não estavam contaminados. Com isso, a defesa de Lucélia argumentou pela revisão do processo, culminando na libertação provisória.

Como foi a prisão

A idosa foi presa em agosto de 2024, depois que João Miguel, de 7 anos, e Ulisses Gabriel, de 8, deram entrada no Hospital Dirceu Arcoverde com sintomas de intoxicação por terbufós, uma substância altamente tóxica conhecida popularmente como “chumbinho”. Os sintomas surgiram após as crianças consumirem cajus que, segundo relatos iniciais, haviam sido entregues por Lucélia.

Durante a investigação, a polícia encontrou na residência da idosa substâncias tóxicas, incluindo terbufós e deltametrina, além de relatos sobre conflitos com vizinhos e denúncias de envenenamento de animais na região. Esses fatores levaram à prisão preventiva e ao indiciamento de Lucélia por homicídio.

Durante o período em que esteve presa, Lucélia teve a casa incendiada por vizinhos e moradores da região. Desde o início, ela negou envolvimento no envenenamento das crianças, alegando inocência em audiência de custódia. 

O advogado de defesa de Lucélia, Sammai Cavalcante, disse que a prisão de Lucélia foi feita com base me informações rasas, e que a idosa sempre se declarou inocente. “Ela está assustada e abalada psicológicamente. O processo evoluiu para minha cliente. A juíza revogou a prisão preventiva e estabeleceu medidas cautelares. Lucélia deve ser libertada ainda hoje", afirmou.

Fonte: Portal AZ

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