Padrasto de vereadora Tatiana Medeiros seria o operador do esquema criminoso

Stênio Ferreira Santos ocupava cargos comissionados na Sesapi e na Alepi

Por Rayfran Junior,

A Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) se pronunciaram, nesta quinta-feira (03), sobre a Operação Escudo Eleitoral, deflagrada pela Polícia Federal. A ação resultou na prisão da vereadora Tatiana Medeiros (PSD), suspeita de envolvimento com a facção criminosa Bonde dos 40 e de participação em um esquema de compra de votos e lavagem de dinheiro.

Foto: Divulgação/CMTVereadora Tatiana Medeiros
Vereadora Tatiana Medeiros

De acordo com as investigações da Polícia Federal, um dos principais operadores do esquema seria Stênio Ferreira Santos, padrasto da vereadora. Ele ocupava cargos comissionados na Sesapi e na Alepi. Agora, ele foi oficialmente afastado das suas funções após a deflagração da operação.

Segundo a polícia, Stênio atuava como intermediário em pagamentos ilícitos ligados à compra de votos e à movimentação de recursos suspeitos, usando a ONG Vamos Juntos, fundada pela própria vereadora, para disfarçar as transações. Durante as buscas, a PF apreendeu dinheiro em espécie, celulares e listas com nomes de eleitores.

Outra pessoa apontada como envolvida no esquema é a mãe da parlamentar, Maria Odélia Medeiros. Além disso, a polícia investiga a relação entre Stênio Ferreira Santos e Alandilson Cardoso Passos, namorado de Tatiana, que foi preso no final de 2024 em Minas Gerais, acusado de integrar uma facção criminosa..

Posicionamento da Alepi e Sesapi

A Assembleia Legislativa do Piauí informou que tomou conhecimento da operação, mas destacou que não possui, até o momento, nenhum servidor formalmente investigado. Em nota, a instituição afirmou que não tem qualquer relação com os crimes apurados pela Polícia Federal e reforçou o compromisso com a transparência e a ética.

"A Alepi, como instituição pública e transparente, coloca-se à disposição das autoridades para contribuir com as investigações e a elucidação dos fatos", declarou a Casa Legislativa.

Já a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) ressaltou que não é alvo da operação, mas que está fornecendo todas as informações solicitadas pelos órgãos competentes, uma vez que um servidor comissionado foi citado no caso.

A Polícia Federal segue com as investigações, e novas diligências não estão descartadas.

Fonte: Portal AZ

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