PF faz operação contra tráfico internacional de drogas com uso de aviões

Grupo usava passageiros com drogas escondidas em bagagens para enviar cocaína à Europa

Por Viviane Setragni,

A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta quarta-feira (7), a Operação Tropeiros II, com o objetivo de desarticular uma quadrilha acusada de enviar drogas para a Europa usando voos comerciais. O grupo utilizava as chamadas “mulas”, pessoas contratadas para transportar drogas escondidas em malas ou até no corpo.

Foto: Reprodução | Polícia FederalPolícia Federal
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Ao todo, estão sendo cumpridos 21 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. A ação ocorre nas cidades do Rio, Niterói, São Paulo, Campinas e Salvador. Cerca de 100 agentes da PF e do Ministério Público Federal participam da operação, que inclui buscas em residências, empresas, casas de câmbio e até em um escritório de advocacia.

De acordo com as investigações, o esquema era comandado por empresários, doleiros, advogados e até o gerente de uma instituição financeira. Eles recrutavam passageiros para atuarem como mulas e levarem cocaína escondida em bagagens especialmente preparadas. A droga era entregue na Europa a contatos do grupo, que ficavam responsáveis pela revenda.

As investigações começaram em 2019, após uma mulher ser presa no Aeroporto do Galeão, no Rio de Janeiro, com 3,2 kg de cocaína escondidos no forro da mala, que seria despachada para Portugal. Desde então, a PF passou a rastrear as atividades da organização criminosa.

Além das buscas, a Justiça também autorizou medidas como o sequestro de bens, bloqueio de contas bancárias, entrega de passaportes e proibição de deixar o país para os investigados.

A Operação Tropeiros II é um desdobramento de uma ação iniciada em novembro de 2022, quando a primeira fase da investigação revelou os primeiros envolvidos no esquema. Os suspeitos poderão responder por tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e associação criminosa, crimes que somados podem resultar em penas de até 35 anos de prisão.

Fonte: Agência Brasil

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