Acusado de matar namorada com tiro no olho vai a júri popular em Teresina

Segundo as investigações, a vítima vivia um relacionamento abusivo com o jovem, e o crime teria sido motivado por ciúmes

Por Rayfran Junior,

A Justiça do Piauí decidiu levar a júri popular Dilberto Vieira da Silva Filho, acusado de assassinar a companheira, Maria Luiza da Silva Oliveira, de 19 anos. O crime aconteceu em julho de 2024, dentro da casa onde o casal vivia, no bairro Matinha, zona Norte de Teresina.

Foto: ReproduçãoDilberto Vieira da Silva Filho, acusado de assassinar a companheira, Maria Luiza da Silva Oliveira, de 19 anos.
Dilberto Vieira da Silva Filho, acusado de assassinar a companheira, Maria Luiza da Silva Oliveira, de 19 anos.

Maria Luiza foi atingida com um tiro no olho esquerdo e chegou a ser socorrida por vizinhos, mas morreu antes de dar entrada no hospital. À época, Dilberto alegou que a jovem havia cometido suicídio, versão que foi descartada pela perícia, que comprovou que ela não segurava a arma no momento do disparo.

Depoimentos de amigas e familiares revelaram que Maria Luiza vivia um relacionamento abusivo e marcado por ciúmes, isolamento e violência física. A jovem teria deixado de usar redes sociais, se afastado da família e, meses antes do crime, pediu ajuda para sair da residência onde vivia com o acusado. Marcas de agressão também foram observadas por pessoas próximas.

No dia do assassinato, Maria Luiza se preparava para sair e tinha agendado um atendimento estético, mas não chegou ao local. Testemunhas afirmaram que o acusado era possessivo e já havia se envolvido em episódios de agressividade. Uma vizinha contou que a vítima ainda apresentava sinais vitais ao ser encontrada.

Outras acusações

Durante as investigações, a polícia encontrou drogas, munições e indícios de ocultação da arma usada no crime. A arma teria sido jogada por Dilberto na casa ao lado, e uma vizinha ainda tentou ajudar a esconder o material. Ele chegou a admitir, posteriormente, que jogou a arma por estar "nervoso".

A Justiça rejeitou o pedido da defesa para desclassificar o caso como homicídio culposo (sem intenção de matar) e confirmou que o conjunto de provas aponta para feminicídio, além de tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e fraude processual.

A data do julgamento ainda será marcada pelo Tribunal de Justiça do Piauí.

Fonte: Portal AZ

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