Tatiana Medeiros fez chamadas de vídeo com o namorado na prisão, diz PF

Segundo relatório divulgado pela PF, Tatiana pediu delivery e pesquisou passagens aéreas. Com o desdobramento, a parlamentar pode ter sua prisão domiciliar revisada

Por Rayfran Junior, 05/06/2025 10:50 - Atualizado às 12:01

A vereadora Tatiana Medeiros (PSB), presa desde abril sob acusações de corrupção eleitoral e envolvimento com organização criminosa, utilizou um aparelho celular e fez chamadas de vídeos com o namorado, Alandilson Cardoso, enquanto estava presa no Quartel do Comando Geral da Polícia Militar do Piauí, em Teresina.

Foto: Divulgação/PF

Tatiana Medeiros fazia chamadas de vídeo com namorado, que também está preso pelos mesmos crimes

Imagens extraídas do próprio telefone da parlamentar, apreendido no local, mostram que ela realizou pelo menos três chamadas de vídeo com o companheiro, Alandilson Cardoso, que também está preso pelos mesmos crimes. As capturas de tela foram divulgadas pela Polícia Federal.

Além das ligações, o relatório da PF aponta que Tatiana fez mais de 1.500 trocas de mensagens entre os dias 7 de abril e 20 de maio, período em que teve acesso ao aparelho mesmo após a prisão. Também consta no inquérito um pedido de compras feito em um supermercado da capital, no valor superior a R$ 500, e uma pesquisa de passagens aéreas de Belo Horizonte para Teresina, datada para 27 de maio. O companheiro da vereadora está detido em Belo Horizonte desde novembro de 2024.

Outro trecho do material revela que Tatiana manteve contato com um de seus advogados, que é também seu tio. Ele buscava providenciar uma certidão a ser assinada pela parlamentar e encaminhada à Câmara Municipal de Teresina.

A Polícia Militar afirmou, em nota, que localizou e apreendeu o celular de forma diligente, tendo repassado o material à Polícia Federal.

A concessão da prisão domiciliar à vereadora, autorizada no último dia 3 sob alegação de problemas de saúde, pode ser revista, segundo especialistas. O advogado eleitoral Welson Oliveira destacou que as novas evidências podem comprometer a decisão, caso confirmem o uso do celular durante o período em que ela alegava necessitar de cuidados médicos.

Fonte: Portal AZ