Justiça torna réu policial do Maranhão por homicídio de sargento da PM no Piauí

O crime ocorreu após uma discussão entre os dois policiais por uma vaga de estacionamento no dia 5 de novembro de 2024, no bairro Parque Sul, zona Sul de Teresina.

Por Rayfran Junior,

A Justiça do Piauí aceitou, nesta segunda-feira (7), a denúncia do Ministério Público Estadual contra o soldado Raimundo Linhares da Silva, da Polícia Militar do Maranhão, pelo homicídio doloso qualificado do sargento João de Deus Teixeira dos Santos, da Polícia Militar do Piauí. O crime ocorreu após uma discussão entre os dois policiais no dia 5 de novembro de 2024, no bairro Parque Sul, zona Sul de Teresina.

Foto: ReproduçãoÀ esquerda, o sargento da PM-PI morto, à direita o réu, policial militar do Maranhão
À esquerda, o sargento da PM-PI morto, à direita o réu, policial militar do Maranhão

A denúncia foi aceita pela juíza Maria Zilnar Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri da capital. O Ministério Público imputou ao soldado a prática de homicídio qualificado por motivo fútil, já que, segundo a investigação, a discussão entre os dois começou devido ao estacionamento do veículo de Linhares em frente à casa da vítima — motivo considerado desproporcional e que demonstra frieza e desprezo pela vida.

De acordo com o inquérito conduzido pelo delegado Danúbio Dias, da 2ª Delegacia de Homicídios, os dois policiais iniciaram uma troca de tiros em via pública. Em determinado momento, João de Deus retornou à residência para buscar mais munições, mas, ao sair, foi atingido na cabeça por um disparo efetuado por Raimundo Linhares, que permanecia do lado de fora.

O sargento ainda foi socorrido com vida e internado no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu aos ferimentos e morreu seis dias depois. O soldado Raimundo se apresentou à polícia posteriormente e alegou legítima defesa, afirmando que não conhecia a vítima e atirou para se proteger.

Segundo o delegado Francisco Costa, o Barêtta, que também acompanhou o caso, a análise técnica das imagens, da trajetória do projétil e do ângulo do disparo contribuíram para o indiciamento. “Deixamos para o Ministério Público avaliar se houve legítima defesa a uma injusta agressão ou não”, declarou.

Com a aceitação da denúncia, o soldado Raimundo Linhares passa agora à condição de réu e responderá ao processo em julgamento pelo Tribunal do Júri.

Fonte: Portal AZ

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