Família de Juliana Marins pede à PF apuração sobre laudo da autópsia vazado
O documento, que deveria ser sigiloso, foi divulgado antes que os parentes tivessem acesso
A família da publicitária Juliana Marins solicitou, nesta quarta-feira (9), que a Polícia Federal (PF) investigue o vazamento para a imprensa do laudo da autópsia realizada no corpo da jovem. O exame, feito no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, deveria ser sigiloso e está sob responsabilidade da Polícia Civil do Rio, que confirmou, em nota enviada à Agência Brasil, que o documento não deveria ter sido divulgado.

Segundo familiares, em contato telefônico com a TV Brasil, a divulgação surpreendeu a todos, pois nem mesmo a família havia recebido oficialmente o laudo até então. A previsão era divulgar o conteúdo apenas na sexta-feira (11), durante entrevista coletiva com a presença da Defensoria Pública da União (DPU) e do perito contratado pela família para acompanhar a análise.
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O novo exame no Brasil foi pedido pelos parentes, que questionam as conclusões apresentadas por legistas indonésios. No laudo oficial da Indonésia, foi apontado que Juliana morreu por hemorragia interna provocada por trauma contundente após se acidentar durante uma trilha no Vulcão Rinjani, no dia 21 de junho.
As buscas localizaram Juliana dois dias depois, com o uso de um drone térmico, indicando que ela ainda estaria viva naquele momento ou, ao menos, por algumas horas seguintes. As equipes de resgate só conseguiram alcançá-la na terça-feira (24), mas ela já havia falecido. O resgate do corpo ocorreu na quarta-feira (25).
O corpo chegou ao Brasil em um voo comercial que desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, no dia 1º de julho. De lá, foi transportado para o Rio de Janeiro por meio de uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), onde ocorreu a autópsia na manhã do dia seguinte.
Na perícia no Brasil participaram dois peritos legistas da Polícia Civil, um perito da Polícia Federal e um assistente técnico indicado pela família. Até o momento, não há informações oficiais sobre como o laudo vazou antes da conclusão das análises e da apresentação formal aos familiares.
Fonte: com informações da Agência Brasil