General diz em nota que manifestantes protestam contra ‘atentados à democracia’
Ex-comandante do Exército Eduardo Villas Bôas diz que manifestantes protestam contra ‘atentados à democracia’
Ex-comandante do Exército, o general Eduardo Villas Bôas afirmou que os grupos que se manifestam em ao menos 12 Estados neste feriado de Proclamação da República protestam contra “atentados à democracia” e em razão de “dúvidas sobre o processo eleitoral”.
“Com incrível persistência, mas com ânimo absolutamente pacífico, pessoas de todas as idades, identificadas com o verde e o amarelo que orgulhosamente ostentam, protestam contra os atentados à democracia, à independência dos poderes, ameaças à liberdade e dúvidas sobre o processo eleitoral”, diz em nota divulgada na tarde desta terça-feira, 15.
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“O inusitado diante dos movimentos foi produzido pela indiferença da grande imprensa. Talvez nossos jornalistas acreditem que ignorando a movimentação de milhões de pessoas elas desaparecerão. Não se apercebem eles que ao tentar isolar as manifestações podem estar criando mais um fator de insatisfação”, acrescenta em outro trecho.

No dia da Proclamação da República, celebrado nesta terça-feira, 15, manifestantes protestam contra o resultado das eleições de 2022 e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em diversas regiões do país.
Foram organizados atos em Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Pará, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Os protestantes se reúnem em acampamentos próximos a bases militares. O Quartel General do Exército Brasileiro, na capital federal, o Círculo Militar, na região do Ibirapuera, na capital paulista, o Comando Militar do Leste, no Estado fluminense, possuem a maior concentração de pessoas, que o apoio das Forças Armadas e criticam o que chamam de “ditadura do Judiciário” – em Brasília, por exemplo, os grupos exibem cartazes com os dizeres “Supremo é o povo” e “SOS Forças Armadas”.
Como a Jovem Pan mostrou, as manifestações contra a volta do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ocorrem em diversas regiões do país. Atos acontecem desde o início do dia em ao menos 11 Estados e no Distrito Federal: Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Paraná, Pará, Bahia, Goiás e Mato Grosso do Sul. Na capital paulista, o grupo se concentra em frente ao Círculo Militar, na região do Ibirapuera, na zona sul do Estado, e exibem faixas com dizeres “a nação brasileira implora por socorro” e “SOS Forças Armadas”. Em Brasília, manifestantes pedem o que chamam de “intervenção federal” e gritam palavras de ordem como “Supremo é o povo”. A Secretaria de Segurança Pública do DF bloqueou o fluxo de veículos na Esplanada dos Ministérios para impedir a entrada de pedestre à Praça dos Três Poderes, onde fica o prédio do STF.
A medida tem como objetivo impedir que os caminhões concentrados ao lado do Quartel General do Exército consigam se locomover até a Corte e travar o acesso à região.
O STF, presidido atualmente pela ministra Rosa Weber, tem sido um dos principais alvos dos grupos, que questionam a condução do processo eleitoral e algumas decisões do Judiciário, como o bloqueio de perfis de parlamentares nas redes sociais.
As falas dos ministros do STF
“Os episódios de intolerância que hora assistimos inspiram a tomada de atitude que deverá ser levada efeito em cada esfera competente, mas também impele refletir de que forma as instituições poderão tratar expectativas sociais frustradas. Sendo mais direto, é preciso indagar se há algo mais por trás dos discursos lunáticos e histéricos que pedem intervenção militar e a prisão do inventor da tomada de três pinos”, afirmou Gilmar Mendes.
Em seu perfil no Twitter, o ministro Alexandre de Moraes, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), disse que o Brasil “merece paz, serenidade, desenvolvimento e igualdade social”. “O povo se manifestou livremente e a Democracia venceu!!! O Brasil merece paz, serenidade, desenvolvimento e igualdade social. E os extremistas antidemocráticos merecem e terão a aplicação da lei penal”, diz a íntegra da publicação.
Fonte: Jovem Pan News