Lula visita terras Ianomami e deve decretar calamidade pública

A região enfrenta mortes por desnutrição, principalmente em crianças

Por Redação portal AZ, 21/01/2023 09:31

O presidente Lula visitará a Terra Indígena (TI) Ianomami, em Roraima, para tratar da crise humanitária pela qual a região passa com as mortes por desnutrição, principalmente de crianças, e a falta de acesso a medicamentos. O Governo Federal deverá decretar calamidade pública pela situação e o Ministério da Saúde deve declarar crise sanitária e humanitária na região.

Foto: Divulgação

Terra Indígena (TI) Ianomami, em Roraima, passa por crise humanitária

Os anúncios sobre os decretos deverão ser feitos hoje, com a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à capital do estado, em visita coordenada pela ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara. A intenção é verificar com lideranças a situação de 30,4 mil indígenas que vivem na TI e das pessoas internadas na Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista.

"Recebemos informações sobre a absurda situação de desnutrição de crianças ianomamis em Roraima. Amanhã (hoje) viajarei ao estado para oferecer o suporte do governo federal", declarou Lula através de suas redes sociais.

A decisão dos decretos foi tomada no fim da tarde de ontem (20), durante uma segunda reunião com os ministros dos Povos Indígenas, da Saúde, da Defesa, da Gestão, e do Desenvolvimento Social, além dos comandantes das Forças Armadas. Coordenada pela secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.

A ação será coordenada pela ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, em conjunto com a Fundação Nacional do Povos Indígenas (Funai), presidida por Joênia Wapichana, e a Secretaria Especial de Saúde Indigena (Sesai), comandada pelo indígena Weibe Tapeba. Porém, o apoio logístico caberá aos militares, que acompanharão desde a chegada do presidente à cidade e o possível deslocamento da comitiva até a Terra Ianomami.

Além disso, os militares auxiliarão na montagem de um hospital de campanha na floresta para atender aos indígenas.

Fonte: Com informações do Correio Braziliense