Lula promete governo com menor índice de feminicídio
O chefe do Executivo defendeu que o Brasil precisa de penas mais severas
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (31) que seu governo terá o menor índice de feminicídio. O chefe do Executivo defendeu que o Brasil precisa de penas mais severas em relação ao crime contra o sexo feminino.

"É uma luta sem trégua. Não basta uma lei. Quando assinei a Lei Maria da Penha, eu era o presidente e imaginei que a violência contra a mulher iria desaparecer. Não desapareceu. Pelo contrário, aumentou, inclusive na pandemia. Além de lei, é um problema cultural, de educação", apontou.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
No discurso, Lula citou a mãe, Dona Lindu, e destacou que "a nossa mão foi feita para trabalhar e não para bater em mulher".
"O homem tem que aprender que a mulher não foi feita para apanhar. Mulher foi feita para ser parceira, para fazer política. Foi feita para ser igual, inclusive no mercado de trabalho. E nós precisamos ter penas muito severas para o cidadão que levanta a mão para bater na mulher, que violenta os seus filhos. A Dona Lindu criou oito filhos, sozinha, cinco homens, e ninguém nunca levantou a mão para bater em mulher porque aprendemos que a nossa mão foi feita para trabalhar e não para bater em mulher. Por que as outras pessoas não aprendem isso?", questionou.
O petista voltou a contar sobre a luta da mãe e disse ser preciso coragem para deixar a situação de violência. E também reforçou que o Estado precisa ter condições de proteger a mulher.
"Dizem que a mulher muitas vezes se sujeita a coisas não confortáveis com o seu marido porque ela não trabalha fora e depende do dinheiro para as crianças. A minha mãe, analfabeta, teve coragem de sair da casa que a gente morava, com oito filhos. Ninguém trabalhava. Foi morar no barraco e criou oito filhos e todos como cidadãos. Se minha mãe pôde fazer isso, significa que todos podem fazer isso. É apenas a gente ter coragem e o Estado criar condições de proteger", completou.
Fonte: Correio Brasiliense