Tony Garcia revela áudios de Sérgio Moro combinando ações com réu: "juiz ladrão"
O caso em questão tinha o próprio Tony como réu
O empresário e ex-deputado estadual do Paraná, Antônio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia, divulgou, nesta sexta-feira (8), áudios de conversas que teve com o senador Sérgio Moro, quando este ainda atuava como juiz. Nas gravações, Tony e Moro discutem o que seria divulgado na imprensa durante o julgamento de um caso de fraude no Consórcio Garibaldi, no qual o empresário era réu e o senador exercia a função de juiz.

Em uma postagem no Twitter, Tony Garcia escreveu: "Nova conversa confirmando que eu, seu 'réu', tínhamos LIGAÇÕES PERIGOSAS nos bastidores de uma FALSA JUSTIÇA". Ele ainda acusa Moro de ter sido um "justiceiro criminoso, jamais juiz", afirmando que durante seu tempo na magistratura, ele teria sido um "juiz ladrão".
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Nas últimas semanas, Tony tem se dedicado a denunciar Moro, alegando que ele era um "agente infiltrado" do ex-juiz contra os acusados no caso Banestado e nos processos da Operação Lava Jato, tendo gravado várias pessoas sob ordem de Moro. Na quarta-feira (5), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, autorizou a Procuradoria Geral da República (PGR) a investigar as declarações do empresário.

Nos áudios divulgados, Tony conversa com Moro sobre suas preocupações em relação ao que seria divulgado na imprensa a seu respeito. Na época, ele estava sendo acusado de envolvimento em uma fraude no Consórcio Nacional Garibaldi, do qual era sócio. Ele foi preso por 81 dias e condenado em 2006, mas teve sua pena reduzida para seis anos de serviços comunitários ao colaborar com as investigações e prometer indenizar os clientes.
Durante a conversa, Tony demonstra preocupação com a menção da empresa na qual estava envolvido e pergunta sobre o que seria divulgado. Moro responde que "não vou tocar no nome da Baltimore". Tony reforça o pedido para que nada seja divulgado que o prejudique profissionalmente. Moro concorda em divulgar uma informação sucinta sobre a condenação, mas assegura que o réu pode ficar tranquilo.
Fonte: Com informações do Correio Braziliense