Prefeito poupa a irmã, mas jogou o secretário aos leões, em Campo Maior
Apesar da exoneração de Adailton, o prefeito disse que ele não fez nada de errado
Apesar da secretaria de Educação, chefiada por sua irmã, Maze Felix, ser alvo de investigação da Polícia Federal, o prefeito de Campo Maior Joãozinho Felix, preferiu sacrificar outras pessoas, como ter demitido o secretário de Finanças Adailton Moraes e manteve a titular da pasta da Educação no cargo.
O prefeito está cheio de contradições principalmente depois que em entrevista a uma rádio local afirmou que não vê problema no fato de Adriana, a irmã do ex-Secretário de Finanças ter trabalhado em uma empresa que vendia milhões para a Prefeitura e que isso justificaria o fato da mesma ter recebido em conta bancária pessoal mais de R$ 1 milhão e 600 mil em praticamente um ano.
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Quem conhece o caso afirma que o Prefeito atirou no seu aliado duas vezes jogando-o aos “leões” da Polícia Federal e do MPF, pois a moça nunca teve carteira assinada com a empresa, nem nunca recebeu um real pela conta da sua empresa , que os policiais disseram ser de fachada, ou seja, o Prefeito avisou aos policiais que qualquer documento que aparecer agora com essa tese pode ter sido forjado, ou então, essa relação seria fruto de uma grande sonegação de impostos. Em outras palavras, o Prefeito deixou o Ex-Secretário, sua irmã e a empresa que vendeu milhões pra sua gestão naquela situação de se correr o bicho pega e se ficar o bicho come, mesmo sabendo que a mentira tem pernas curtas.
Além disso o Prefeito não explicou qual foi a obra que a construtora da Sobrinha do Secretário, de nome Yule, aquela que no endereço funciona uma boate na cidade de Altos, fez para a mesma empresa que vendeu milhões para a Secretaria de Educação Campo Maior que justificasse a construtora, dizem que de pasta de sovaco, receber mais de R$ 180 mil dos mesmos que são alvo da PF.
Joãozinho Felix Também não explicou porque a sobrinha do Secretário recebeu em conta bancária pessoa física mais de T$ 25 mil da mesma empresa que trabalha com livros.
Até parece que o Prefeito quis resolver a situação do seu aliado e o complicou ainda mais. Ele termina fazendo revelações que podem interessar aos investigadores.
Ainda chamou a atenção o fato do Prefeito ter dito na entrevista que só exonerou o Secretário de Financas porque Adailton pediu e por causa da repercussão do caso que era “grave”.
Mesmo assim não exonerou o outro Secretário Municipal que recebeu mais de R$ 25 mil em conta pessoal de um fornecedor da Prefeitura.
Trocando em miúdos, o secretário de Financas, que é do núcleo familiar direto, que recebeu quase R$ 2 milhões teve que pedir pra sair, mesmo não tendo, na conversa de João Félix, feito nada de errado.
Presume-se então, que o outro secretário que recebeu a bagatela de R$ 25 mil não precisa se explicar, nem se defender porque valor é pequeno.
A operação Monopolium da Polícia Federal, foi deflagrada há duas semanas em Campo Maior, São Miguel do Tapuio e Barras
As investigações apuram corrupção em torno de uma empresa que movimentou mais de R$ 260 milhões nos últimos quatro anos, vendendo livros didáticos e outros materiais.
Os indícios são de superfaturamento chegando ao absurdo de mais de 5000% com o dinheiro da educação, através do direcionamento na contratação e uso de inexigibilidade fora da lei. A prefeitura de Campo Maior faz parte do esquema
Fonte: Portal AZ