Bolsonaro convoca nova manifestação, desta vez, no Rio de Janeiro

O ex-presidente chamou seus apoiadores para discutir o Estado Democrático. O ato está marcado para 21 de abril

Por Rayfran Junior,

O ex-presidente Jair Bolsonaro convocou uma nova manifestação para o dia 21 de abril, feriado nacional de Tiradentes, desta vez na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Em meio a investigações sobre uma tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro chamou seus apoiadores para discutir o Estado Democrático de Direito e denunciar o que ele considera "a maior fake news da história do Brasil".

Foto: Dado Galdieri/Bloomberg/Getty ImagesJair Bolsonaro em manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo
Jair Bolsonaro em manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo

Diferentemente de convocações anteriores, desta vez Bolsonaro não fez nenhum pedido para evitar cartazes com ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-presidente, generais das Forças Armadas e ex-ministros são investigados pela Polícia Federal por supostamente planejarem anular o resultado das eleições de 2022 e evitar a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, além de prender ministros da Suprema Corte.

Inclusive, a  operação que investiga essa tentativa de golpe, denominada Tempus Veriratis, resultou em 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em 8 de fevereiro. Após esses acontecimentos, Bolsonaro convocou a manifestação em São Paulo, onde se disse perseguido e pediu anistia a golpistas que participaram do ataque à Praça dos Três Poderes.

"Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração. Nada disso foi feito no Brasil. Por que continuam me acusando de golpe? Porque tem uma minuta de decreto de estado de defesa. Golpe usando a Constituição? Deixo claro que estado de sítio começa com presidente convocando conselho da República. Isso foi feito? não", disse.

Além disso, ele criticou a acusação de golpe utilizando dispositivos constitucionais e ressaltou que a palavra final cabe ao Parlamento.

“É o Parlamento quem decide se o presidente pode ou não editar decreto de estado de sítio. O da defesa é semelhante. Ou seja, agora querem entubar em todos os nós um golpe usando dispositivos da Constituição cuja palavra final quem dá é o Parlamento", pontuou. 

Fonte: Portal AZ

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