TRE-PI prosseguirá com exame de ação contra prefeito e vice de Aroazes-PI
O caso em questão envolveu uma decisão anterior do TRE-PI, que havia decretado a decadência da ação relacionada ao suposto abuso de poder político e econômico
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, na sessão desta terça-feira (9), por unanimidade que o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) continue a Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) que investiga alegado abuso do poder político e econômico por Manoel Portela de Carvalho Neto e José Adalberto de Sousa, eleitos prefeito e vice-prefeito, respectivamente, do município de Aroazes (PI) nas Eleições de 2020.
O caso em questão envolveu uma decisão anterior do TRE-PI, que havia decretado a decadência da ação relacionada ao suposto abuso de poder político e econômico. O tribunal regional justificou sua decisão com base na falta de formação de litisconsórcio passivo necessário entre o candidato beneficiário e os autores da conduta ilícita. Contudo, o TSE, seguindo o entendimento do relator, ministro Ramos Tavares, destacou que essa decisão contrariou teses previamente estabelecidas pelo próprio tribunal.
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Ramos Tavares fundamentou seu voto citando um precedente do TSE que afirma não ser obrigatório o litisconsórcio passivo necessário entre o beneficiário e o autor do ato abusivo em casos de Ação de Investigação Judicial Eleitoral. O relator ressaltou que essa orientação tinha aplicação desde as Eleições de 2018, em conformidade com o princípio da segurança jurídica.
Além do prefeito e do vice-prefeito, a ação também envolve Thaisa Veloso Bomfim Moura Bertino, então secretária de saúde, e Elvilânia Campelo Soares Carvalho, então secretária de educação. Eles são acusados de contratação irregular de servidores e oferecimento de dinheiro em troca de votos, o que configuraria abuso de poder político e compra de votos.
Segundo a ação, que solicita a cassação dos registros, inelegibilidade e multa contra os envolvidos, o prefeito eleito teria recebido apoio da gestão anterior do Executivo local com o objetivo de angariar votos em benefício de sua candidatura, especialmente nas secretarias municipais comandadas por seus familiares.
Manoel Portela Neto, filho de Thaisa Veloso Bomfim Moura Bertino e Elvilânia Campelo Soares Carvalho, é mencionado como parte do caso, sendo sobrinho do então prefeito à época, Tomé Portela.
Fonte: TSE