Mourão afirma que não é sua "função" resgatar vítimas do RS

O senador criticou ação de parlamentares durante tragédia no Rio Grande do Sul e se defende de críticas

Por Carlos Sousa, 24/05/2024 14:11

O ex-vice-presidente do governo de Jair Bolsonaro (PL), senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), afirmou nesta sexta-feira (24), em entrevista ao programa "Time Line" da Rádio Gaúcha, que não considera sua função participar de salvamentos durante a tragédia no Rio Grande do Sul. Mourão, que tem sido criticado por sua falta de ação durante a crise, justificou sua postura dizendo que sua idade e função não o colocam nessa posição.

Foto: mourao vice

Detalhes da Entrevista e Críticas

Em resposta às críticas, Mourão declarou: “Vamos lembrar sempre que eu sou um homem de 70 anos de idade, né? Quantos homens de 70 anos de idade estão no meio da água aí? Vocês disserem, tem alguém da minha idade salvando gente, né? Mas eu não vejo isso como minha função. Eu estarei tendo um desvio de função. É a minha visão.”

Os apresentadores do programa compararam a atuação de Mourão com a de outras figuras públicas, como o goleiro Rochet do Internacional e o jogador do Grêmio, Diego Costa, que participaram ativamente dos esforços de resgate. “Se o Rochet foi lá, se o jogador do Grêmio, Diego Costa, foi lá e salvou gente em Eldorado, cadê o senador? Cadê o Mourão? Por isso que as pessoas estão nesse sentimento”, questionou a radialista.

Acusações de Exploração Política e repercussão

Mourão também criticou outros parlamentares que, segundo ele, estão explorando politicamente a tragédia. Ele mencionou especificamente o ministro Paulo Pimenta, designado para representar o governo federal no Rio Grande do Sul, acusando-o de fazer declarações “cínicas” sobre a manutenção das casas de bombas de Porto Alegre.

Professores do Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) emitiram uma nota técnica afirmando que a falta de manutenção na gestão do prefeito Sebastião Melo (MDB) contribuiu para a incapacidade de escoar as águas, resultando na maior inundação já registrada na capital gaúcha.

Confira um trecho da entrevista: