Em editorial, The Economist critica gastos públicos excessivos de Lula no Brasil
"Gastando como se o país fosse muito mais rico do que é", diz trecho do artigo sobre 3º mandato de Lula
Na última quinta-feira (18), a revista The Economist publicou um artigo na seção Líderes, de sua edição impressa, intitulado "Como deter o declínio do Brasil". O texto critica a gestão fiscal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, apontando seus gastos públicos excessivos como uma ameaça ao futuro econômico do país.
Segundo o The Economist, o governo brasileiro está gastando "como se o país fosse muito mais rico do que é", com gastos governamentais em todos os níveis se aproximando de 50% do PIB e a dívida pública alcançando 85%. Os gastos públicos aumentaram 13% acima da inflação em comparação com o ano passado, levando o déficit fiscal do país a 9% do PIB.
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O texto faz uma análise das atuações de Lula em seus 3 governos e da situação atual do Brasil após o governo de Jair Bolsonaro, apontado como um dos elementos que levaram o Brasil ao cenário econômico pouco promissor após barganhas eleitoreiras com o congresso.

O artigo começa destacando que, apesar de Lula ser um defensor da democracia e de ter tomado medidas rápidas para reduzir o desmatamento na Amazônia, sua terceira gestão está desapontando em termos econômicos. A revista lembra que, em seu primeiro mandato (2003-2007), Lula implementou políticas econômicas ortodoxas que estabilizaram a economia e reduziram a pobreza. Contudo, seu segundo mandato foi marcado por um aumento descontrolado dos gastos públicos, corrupção e uma recessão econômica. Para a revista, este último se assemelha mais ao modo de governo adotado pelo gestor para seu terceiro mandato.
O real desvalorizou 17% em relação ao dólar no ano até meados de junho, a pior performance entre as principais moedas globais. Para a revista, essa queda parece ter incentivado Lula a apoiar com mais vigor o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem enfrentado resistência política em seus esforços para controlar os gastos.
A publicação sugere que, ao invés de cortar despesas desnecessárias, Lula está adotando uma postura de aumento de gastos públicos, o que resulta em altas taxas de juros impostas pelo Banco Central para conter a inflação, além de criticar a postura do presidente em confrontar o Banco por conta das altas taxas de juros.
A revista conclui que, com quase 80 anos na próxima eleição, Lula deveria focar no futuro, promovendo sucessores mais jovens e lutando por reformas estaduais que criem espaço fiscal para políticas verdadeiramente progressistas. No entanto, ele parece estar repetindo a fórmula de aumentar impostos e gastos para garantir mais um mandato, colocando o Brasil em um caminho de declínio gerido, ao invés de crescimento sustentável.
Fonte: Portal AZ