Conselho de Ética da Câmara aprova cassação de Chiquinho Brazão no caso Marielle

Decisão foi tomada por 15 votos a favor, 1 contra e 1 abstenção; caso segue para plenário

Por Dominic Ferreira,

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (28) a cassação do mandato do deputado federal Chiquinho Brazão (Sem Partido-RS), com 15 votos a favor, um contrário e uma abstenção. A medida se dá em meio às acusações de que Brazão estaria envolvido no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Foto: Reprodução/Agência CâmaraCaso Marielle Franco
Decisão foi tomada por 15 votos a favor, 1 contra e 1 abstenção; caso segue para plenário.

O único voto contra foi do deputado Gutemberg Reis (MDB-RJ), enquanto a abstenção foi de Paulo Magalhães (PSD-BA). A decisão do Conselho ainda precisa ser ratificada pelo plenário da Câmara para que Brazão perca oficialmente o mandato.
Emocionada, a deputada Sâmia Bonfim (PSOL-SP), colega de Marielle, falou sobre a importância de se enfrentar a influência das milícias no Rio de Janeiro e o legado da vereadora. “Era uma parlamentar exemplar que foi brutalmente assassinada por grupos criminosos que têm relações profundas com autoridades políticas”, declarou Bonfim.
A relatora do caso, deputada Jack Rocha (PT-ES), argumentou que a acusação contra Brazão é "verossímil e sustentada por evidências significativas", destacando um quadro preocupante de corrupção e crime organizado relacionado à família do deputado.
Brazão, que atualmente está preso, defendeu sua inocência durante a videoconferência com o Conselho. Ele alegou ter uma boa relação com Marielle e negou qualquer envolvimento com milícias, sustentando que as acusações são baseadas em delações e não em provas concretas.
O assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, continua a gerar repercussões significativas. Além de Brazão, outras figuras proeminentes, como o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o ex-chefe da Polícia Civil do estado, Rivaldo Barbosa, foram acusados como mandantes do crime.

Fonte: Agência Brasil

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