PRF prende suspeito de organizar a "máfia do Pix" do 8 de Janeiro no RS

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) prendeu, na noite de sexta-feira (8) Rubem Abdalla Barroso Júnior, de 46 anos, natural de Cuiabá (MT), em Rosário do Sul, no Rio Grande do Sul. O homem estava foragido desde os atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e é suspeito de ser um dos organizadores da chamada "máfia do Pix", um esquema criminoso responsável por arrecadar recursos para manter os acampamentos em frente aos quartéis.

Foto: Reprodução/André Borges/EFE

8 de Janeiro.

A prisão ocorreu durante uma abordagem rotineira, quando Rubem foi identificado no banco do passageiro de um veículo que demonstrava comportamento suspeito ao passar por postos policiais na BR-290.
A equipe da PRF, desconfiada da atitude do motorista, resolveu realizar uma abordagem, descobrindo que Rubem possuía um mandado de prisão em aberto expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O mandado inclui acusações graves, como terrorismo, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, ameaça ao livre exercício dos poderes da União e associação criminosa. Durante o interrogatório, Rubem alegou que estava escondido no Uruguai e que havia retornado ao Brasil para comprar uma geladeira, justificativa que não convenceu as autoridades.
A investigação apontou Rubem como um dos principais responsáveis pela logística financeira dos acampamentos, usando o Pix para arrecadar fundos, garantir alimentação e manter a infraestrutura dos grupos envolvidos nos atos violentos de 8 de janeiro. Além de seu papel na organização criminosa, ele também é acusado de outros crimes, como incêndio e degradação de bens públicos, conforme os documentos do STF. O motorista que o acompanhava, natural do Uruguai, foi liberado, enquanto o veículo, com placa do Distrito Federal e licenciamento vencido, foi recolhido.
Rubem Abdalla foi encaminhado à polícia judiciária de Rosário do Sul e, em seguida, será transferido para um presídio, onde aguardará os próximos passos do processo judicial. A PRF continua atuando ativamente para desmantelar as redes criminosas envolvidas.

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Fonte: CNN Brasil