Marden Menezes contesta expulsão do Progressistas e denuncia perseguição

Deputado foi expulso por unanimidade do partido sob acusação de infidelidade partidária

Por Carlos Sousa,

O deputado estadual Marden Menezes se pronunciou sobre sua expulsão do partido Progressistas, alegando que a decisão é ilegal, antiética e injusta. A expulsão, determinada por unanimidade pela Comissão Estadual da legenda, ocorreu sob a acusação de infidelidade partidária, após o parlamentar declarar apoio à base governista no pleito municipal de 2024.

Foto: DivulgaçãoDeputado Marden Menezes na tribuna da Alepi
Deputado Marden Menezes

Em um vídeo publicado no Instagram, Marden Menezes afirmou estar sendo alvo de perseguição dentro do partido. “Não há nenhum dispositivo legal, regimental ou fático que tenha sido apontado contra minha pessoa. O que está acontecendo é uma perseguição de ordem pessoal. O motivo específico, eu não sei. Vida que segue. É uma decisão que eu entendo como ilegal, como injusta, como antiética, inclusive, e de caráter perseguitório”, declarou o deputado.

Apesar da expulsão, Marden reforçou que sua rotina na Assembleia Legislativa do Piauí não sofrerá alterações e que, por enquanto, não tem pressa em buscar uma nova legenda. “A partir de agora continuo com meu trabalho normalmente na Assembleia, com meu dia a dia. Nada vai mudar na minha rotina. Não tenho nenhuma pressa para escolher uma outra sigla. A eleição só é ano que vem. Meu foco agora é atender ao povo do Piauí. Essa questão partidária é uma questão menor que a gente vai pensar mais adiante”, concluiu.

Decisão do partido e infidelidade partidária

A expulsão de Marden Menezes foi definida após reunião do colegiado da Comissão Estadual do Progressistas, que avaliou sua postura durante as eleições municipais de 2024. Filiado ao Progressistas, partido que apoiava a candidatura de Sílvio Mendes à prefeitura de Teresina, o deputado contrariou a orientação da legenda e declarou apoio a Fábio Novo (PT), candidato da base governista.

Outros dois parlamentares do partido, Bárbara do Firmino e Dr. Thales Coelho, também apoiaram a base governista no pleito municipal. No entanto, diferentemente de Marden, ambos solicitaram a chamada carta de anuência, permitindo sua saída do partido sem passar pelo processo de expulsão. A informação foi confirmada pelo presidente estadual do Progressistas, Joel Rodrigues.

“Recentemente, houve um pedido da deputada Bárbara para a retirada de pauta do seu processo de expulsão, para analisar seu pedido da carta de anuência, assim como também foi feito pelo deputado Thales. Com isso, a comissão, por unanimidade, acatou o pedido de retirar da pauta esses dois processos. O mesmo não aconteceu com o deputado Marden. Ele não formalizou o pedido da carta de anuência e, assim, a comissão, por unanimidade, decidiu por sua expulsão”, explicou Joel Rodrigues.

Impactos e futuro do partido

O presidente estadual do Progressistas destacou que a expulsão de um parlamentar é um processo desgastante, pois gera conflitos entre lideranças e o partido. No entanto, reforçou que a legenda não pretende contestar o mandato de Marden Menezes na Assembleia Legislativa do Piauí. O foco, agora, é reorganizar o partido para fortalecer sua presença nas próximas eleições.

Foto: Joel RodriguesJoel Rodrigues
Joel Rodrigues

“Esses parlamentares [Marden, Bárbara e Dr. Thales] decidiram estar na base do governo. Isso não dá garantia e nem é do interesse do partido que eles, lá na base, sejam candidatos pelo Progressistas nas próximas eleições. Naturalmente, precisamos reforçar o partido com outros líderes que deem certeza de que não haverá essa disputa injusta entre quem está no governo e quem está fora”, finalizou Rodrigues.

Fonte: Portal AZ

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