Bolsonaro ironiza 'gópi' e nega plano de assassinato contra autoridades

Ex-presidente critica investigação da PF e diz que apenas "um imbecil ou um canalha" acredita na acusação

Por Dominic Ferreira,

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) rebateu, nesta quinta-feira (27), as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre sua suposta participação na tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro ironizou as acusações usando o termo "gópi" e negou qualquer envolvimento com um plano para assassinar autoridades, revelado pela Polícia Federal (PF).

Foto: Reprodução | Ed Alves CB/DA PressBolsonaro chama quem acredita em plano de assassinato de "imbecil" ou "canalha"
Bolsonaro chama quem acredita em plano de assassinato de "imbecil" ou "canalha"

A investigação da PF aponta que aliados do ex-presidente discutiram o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Conforme mensagens interceptadas pelos investigadores, militares das Forças Especiais do Exército chegaram a planejar uma emboscada para Moraes, mas desistiram da ação. Bolsonaro, no entanto, afirmou que "só um imbecil ou um canalha compra esse papo" e citou o atentado a faca que sofreu em 2018 como único plano real de assassinato contra um político no Brasil.

Em resposta, Lula declarou durante uma coletiva no Japão que Bolsonaro tentou dar um golpe no país e também contribuiu para o plano de assassinato.“É visível que o ex-presidente tentou dar um golpe no país, é visível por todas as provas que ele tentou contribuir para o meu assassinato, para o assassinato do vice-presidente, e para o assassinato do ex-presidente da Justiça Eleitoral Brasileira, e todo mundo sabe o que aconteceu nesse país”, afirmou o petista. Lula acrescentou que Bolsonaro deve ter direito à presunção de inocência, mas que deve ser responsabilizado caso a Justiça conclua sua culpa.

Bolsonaro também utilizou suas redes sociais para ironizar as declarações de Lula, dizendo que o presidente deveria "arrumar o que fazer" e que seu governo "não tem resultados a apresentar". Além disso, minimizou as acusações de golpe, afirmando que a narrativa é "conhecida por todos" e que "ninguém de bom senso aguenta mais essa patifaria armada". Enquanto isso, o STF e a Procuradoria-Geral da República (PGR) seguem com as investigações e avaliam os próximos passos do processo.

Fonte: Correio Braziliense

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