Supremo Tribunal adia julgamento sobre revista íntima em presídios
STF suspende decisão sobre revista íntima e marca nova data de julgamento
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu adiar a decisão sobre a constitucionalidade da revista íntima para visitantes em presídios. A suspensão ocorreu após os ministros Alexandre de Moraes e Flávio Dino apontarem a necessidade de ajustes no relatório de Edson Fachin, o que levou à concordância de adiar a sessão para que o relator possa analisar as sugestões.
Novo Agendamento do Julgamento
O julgamento, que estava previsto para ocorrer nesta quinta-feira (27), será pautado novamente na próxima quarta-feira (2) após as devidas revisões no relatório. Entre as preocupações manifestadas pelos ministros está a questão da legalidade das provas obtidas por meio da revista íntima, com Flávio Dino sugerindo uma avaliação individual de cada caso pelo Judiciário.
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Posicionamentos dos Ministros
Ao se posicionar, Alexandre de Moraes defendeu a utilização preferencial de alternativas como scanners ou raios-X no lugar da revista íntima, desde que sejam eficazes, mas ponderou que, na falta desses recursos, a revista poderia ser realizada por profissionais do mesmo gênero do visitante. Já em situações de exames mais invasivos, Moraes sugere que profissionais da área da saúde sejam responsáveis, condicionando a revista íntima à autorização do visitante.
Discussões Futuras e Perspectivas
Os ministros concordaram em aprofundar as discussões sobre a definição de critérios objetivos para autorizar a revista íntima em casos excepcionais, buscando estabelecer parâmetros mais claros a serem seguidos. Além disso, outras alterações poderão ser propostas a Fachin até a retomada do julgamento na próxima semana.
O assunto, que já havia sido debatido em fevereiro, apresenta um placar momentâneo de 2 x 1 pela inconstitucionalidade da prática, com votos divergentes dos ministros Fachin e Moraes. A ministra Rosa Weber, mesmo aposentada, mantém seu voto, e Flávio Dino, que assumiu sua cadeira, pode contribuir com sugestões, apesar de não votar oficialmente.