Líder petista aciona AGU contra falas de Jair Bolsonaro em ato na Av. Paulista

Lindbergh Farias denuncia desinformação e ataques às instituições democráticas

Por Dominic Ferreira,

O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou nesta quarta-feira (9/4) uma solicitação à Advocacia-Geral da União (AGU) para investigar as declarações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante um ato pró-anistia realizado no último domingo (6). Segundo Farias, as falas de Bolsonaro, que abordaram temas como as urnas eletrônicas, o Judiciário e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, "ultrapassam os limites da liberdade de expressão" e disseminam desinformação perigosa.

Foto: Bruno Spada/Câmara e Reprodução/YouTubeLindbergh critica Bolsonaro por ataques sistemáticos às instituições democráticas.
Lindbergh critica Bolsonaro por ataques sistemáticos às instituições democráticas.

Na representação encaminhada à Procuradoria Nacional de Defesa da Democracia (PNDD), que atua dentro da AGU, o deputado pediu que sejam adotadas ações judiciais cabíveis, além de representações ao Ministério Público e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também propôs medidas educativas para combater as narrativas de desinformação e cautelares para proteger as instituições democráticas, que, segundo ele, estão sendo atacadas pelas declarações de Bolsonaro.

Farias argumentou que as falas do ex-presidente não apenas desinformam o público sobre o sistema eleitoral, mas também atacam a honra de autoridades, incluindo ministros do STF, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além do presidente Lula e do vice, Geraldo Alckmin. O líder do PT destacou que Bolsonaro minimizou os atos de 8 de janeiro de 2023 e insinuou que houve um golpe, que contaria com a participação do Judiciário para eleger Lula.

Durante o ato, Bolsonaro criticou duramente o sistema eleitoral, afirmando que o TSE só será confiável em 2026, quando um ministro indicado por ele assumir a presidência. Ele também mencionou ter recebido um “aviso divino” para deixar o Brasil no final de 2022, sugerindo que, se estivesse presente, teria sido preso após os eventos de 8 de janeiro.

O ato teve como objetivo pressionar o Congresso a discutir um projeto de anistia que beneficiaria os envolvidos nos ataques às instituições, incluindo o próprio ex-presidente.

Fonte: Correio Braziliense

Comente

Pequisar