União Brasil e PP formam “superfederação” com fundo eleitoral de quase R$ 1bi

Com 109 deputados e 6 governadores, grupo será comandado por Rueda e Ciro Nogueira

Por Carlos Sousa,

O União Brasil e o Partido Progressistas (PP) oficializaram a criação de uma “superfederação” partidária que concentra o maior poder político do país em termos de representatividade. Denominada “União Progressista”, a federação reunirá 109 deputados federais, 14 senadores, seis governadores, mais de 1.350 prefeitos e 12.450 vereadores, além de controlar um fundo eleitoral que pode se aproximar de R$ 1 bilhão em 2026.

Foto: Reprodução/Metrópoles"Superfederação"
"Superfederação"

A direção da nova federação ficará inicialmente a cargo dos presidentes nacionais das siglas: Antônio Rueda (União Brasil) e o senador Ciro Nogueira (PP), que farão uma presidência compartilhada. Ambos serão responsáveis pelas decisões estratégicas e políticas do bloco, que passa a ter a maior bancada da Câmara dos Deputados, superando o PL (com 92 cadeiras), além de empatar com PSD e PL em número de senadores.

Números e estrutura

A seguir, os números absolutos da União Progressista:

109 deputados federais

14 senadores

6 governadores – maior número entre todas as federações

1.350 prefeitos – liderança em número de administrações municipais

12.450 vereadores – maior representação nas câmaras municipais

Fundo eleitoral em 2026 estimado em R$ 1 bilhão

A soma dos recursos públicos das duas legendas no último ciclo eleitoral foi de R$ 954 milhões, segundo dados oficiais. Com os reajustes previstos, o montante destinado à nova federação deve atingir cifras próximas de R$ 1 bilhão no próximo pleito.

Formalização e desafios internos

Apesar de anunciada, a formalização da federação ainda depende do aval do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso seja aprovada, a aliança terá de se manter unida por pelo menos quatro anos, com obrigação de atuação conjunta em votações legislativas.

Antes mesmo de passar a valer oficialmente, a federação já enfrenta impasses em estados onde União Brasil e PP não atuam alinhadamente. Na Bahia, por exemplo, o União é oposição ao governo estadual do petista Jerônimo Rodrigues, enquanto o PP faz parte da base aliada. Já na Paraíba, o vice-governador Lucas Ribeiro (PP) e o senador Efraim Filho (União) são pré-candidatos rivais ao governo estadual. No Acre, o governador Gladson Camelli (PP) e o senador Alan Rick (União) disputam a liderança na sucessão estadual.

A orientação, nestes casos, é que a decisão final seja tomada pela presidência da federação, nas mãos de Rueda e Ciro, responsáveis por buscar consenso em disputas locais.

Fonte: Metrópoles

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