EUA mudam alerta de viagem à Venezuela para “perigo extremo”
Governo norte americano diz que não há como garantir ajuda consular.
O governo dos Estados Unidos emitiu um novo alerta nesta segunda-feira (12), orientando seus cidadãos a não viajarem para a Venezuela e recomendando que os americanos que vivem no país deixem o território imediatamente.

Segundo o Departamento de Estado dos EUA, a Venezuela representa um “perigo extremo” para viajantes americanos, devido ao risco de prisões injustas, tortura, terrorismo, sequestros, violência, agitação política e problemas sérios na saúde pública.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
O documento alerta que não há presença diplomática americana em Caracas desde 2019, o que significa que os EUA não conseguem oferecer ajuda consular aos cidadãos presos ou em apuros no país.
De acordo com o comunicado, detentos americanos na Venezuela são impedidos de falar com a família ou com advogados, e há relatos de maus-tratos, tortura e punições cruéis, como espancamentos e simulações de afogamento.
A recomendação para a Venezuela está no nível 4 — o mais alto entre os alertas de viagem dos EUA, que varia de “precauções normais” até “não viajar”.
O documento chega logo após uma operação de resgate conduzida pelos EUA que retirou cinco opositores venezuelanos da embaixada da Argentina em Caracas, onde estavam refugiados há mais de um ano. A equipe fazia parte do grupo político da opositora María Corina Machado, impedida de disputar a presidência em 2024.
Os opositores haviam recebido ordens de prisão do regime de Nicolás Maduro e, após a operação, foram levados em segurança para os Estados Unidos. A ação foi comemorada pelo presidente argentino, Javier Milei, como uma "extração bem-sucedida".
Os Estados Unidos e vários países da comunidade internacional não reconhecem a legalidade da reeleição de Maduro e vêm denunciando violações de direitos humanos e o enfraquecimento das instituições democráticas na Venezuela.
Fonte: Portal AZ