Lindbergh Farias prestará depoimento à PF em inquérito contra Eduardo Bolsonaro

Investigação apura coação e ataques ao Judiciário por parte de Eduardo nos EUA

Por Dominic Ferreira,

O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) irá depor nesta segunda-feira (2/6) às 15h na sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, no âmbito da investigação que apura a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). Este depoimento marca a primeira oitiva relacionada ao inquérito autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga possíveis coações e ataques ao Judiciário brasileiro feitos por Eduardo enquanto reside nos Estados Unidos.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos DeputadosLindbergh Farias (PT-RJ)
Lindbergh Farias (PT-RJ)

A investigação foi iniciada a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontou indícios de que Eduardo Bolsonaro teria agido no exterior para minar o Poder Judiciário do Brasil. Na mesma decisão, o ministro Moraes determinou que o próprio Eduardo, assim como o ex-presidente Jair Bolsonaro, pai do parlamentar, sejam ouvidos para esclarecer os fatos relacionados ao caso.

Desde março deste ano, Eduardo Bolsonaro se licenciou do mandato e está vivendo nos Estados Unidos. O pedido de instauração do inquérito foi formalizado pela PGR no mês passado, com base em uma representação apresentada por Lindbergh Farias. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou suspeitas de que Eduardo tenha cometido crimes como coação no curso do processo, obstrução à Justiça e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, utilizando um "tom intimidatório" para influenciar o julgamento do ex-presidente.

A petição da PGR também destaca que Eduardo buscou apoio internacional para pressionar autoridades brasileiras, especialmente membros do Judiciário, buscando sanções internacionais que poderiam interferir no andamento dos procedimentos criminais, incluindo a ação penal contra Jair Bolsonaro. Lindbergh Farias, que provocou a abertura da investigação, afirmou ter coletado várias publicações feitas por Eduardo nas redes sociais como prova de suas alegações.

Fonte: Correio Braziliense

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