Corte de R$ 2,6 bilhões pode levar Forças Armadas ao "Modo Sobrevivência"

Militares alertam para risco de falta de combustível e paralisação de treinamentos

Por Dominic Ferreira,

A contenção de R$ 2,6 bilhões no orçamento do Ministério da Defesa gerou um alerta entre as Forças Armadas do Brasil. Fontes do Exército, Marinha e Força Aérea Brasileira (FAB) informam que, nos próximos meses, pode faltar recurso para combustível de aviões e blindados, além da compra de munição. A situação crítica pode levar à paralisação de treinamentos e ao adiamento de projetos de defesa que são considerados estratégicos para a segurança nacional.

Foto: Divulgação | Exército BrasileiroExército Brasileiro
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O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, expressou sua preocupação com a situação, enquanto as cúpulas das Três Forças começaram a reavaliar o orçamento e os ajustes necessários. Oficiais-generais relataram à CNN que a contenção foi além do que se esperava, e que as Forças Armadas podem ter que operar em um "modo sobrevivência", dada a limitação orçamentária. Essa situação é particularmente preocupante em um cenário global de conflitos, onde muitas nações estão aumentando seus gastos militares.

A Defesa foi a área do governo que enfrentou a segunda maior contenção nas despesas discricionárias, apenas atrás do Ministério das Cidades, que terá uma redução de R$ 4,288 bilhões. Na semana passada, um total de R$ 31,3 bilhões do orçamento foi congelado como parte das medidas para garantir o cumprimento do arcabouço fiscal. Dentro dos R$ 2,6 bilhões destinados à Defesa, R$ 691,9 milhões correspondem a bloqueios que só poderão ser liberados com a redução de despesas, enquanto R$ 1,928 bilhão é referente a contingenciamentos que podem retornar ao orçamento se houver aumento de receita.

Esses cortes afetam projetos estratégicos de defesa que já enfrentam dificuldades devido à falta de investimento. O comandante do Exército, general Tomás Paiva, expressou sua preocupação no dia do Exército, enfatizando a necessidade de atenção redobrada à proteção dos brasileiros em um mundo que passa por rápidas transformações geopolíticas. Ele alertou que, enquanto os investimentos em defesa aumentam globalmente, o Brasil precisa estar preparado para proteger seus cidadãos e ativos consagrados pela Constituição.

Fonte: CNN Brasil

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